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Após chutaço, brasileiro diz ter mais golpes guardados e se vê perto de cinturão do UFC

Edson Barboza fez história com um nocaute impressionante no UFC Rio, em janeiro - UFC/Divulgação
Edson Barboza fez história com um nocaute impressionante no UFC Rio, em janeiro Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

19/05/2012 07h00

A segunda edição do UFC Rio, em janeiro, teve vitórias de duas estrelas nacionais, com Vitor Belfort e José Aldo levantando a torcida. Mas foi um lutador menos conhecido que por um segundo calou a todos com um nocaute impressionante. O peso leve Edson Barboza fazia um grande duelo contra Terry Etim quando num movimento rápido e preciso, treinado desde a infância, deu um giro de 360º e derrubou seu rival com um chute direto no queixo.

Invicto e com a moral em alta, o carioca de Nova Friburgo está de volta ao octógono. Avançando na fila pelo cinturão, ele enfrenta Jamie Varner pelo UFC 146, no próximo dia 26. E se depender do que ele tem guardado na memória, novos golpes dignos de cinema podem aparecer pela frente.

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“A maior lembrança que ficou foi a vibração da galera. Quando dei o chute e vi ele indo para o chão, a ficha demorou a cair. Esta vitória me deu reconhecimento entre os fãs e até em termos de patrocínio. O pessoal pode esperar mais, vem coisa melhor por aí, não tenho só aquele chute”, afirma ao UOL Esporte o carioca de 26 anos, que há três mora nos EUA para se dedicar ao MMA.

Edson foi criado no muay thai, mas sempre praticou taekwondo e kickboxing, artes marciais que inspiraram o chute visto no UFC Rio.

“Um lutador treina muito, a ponto de as coisas saírem automaticamente. Não fico pensando em fazer isso ou aquilo, simplesmente sai. Este chute eu treinava muito quando criança, mas não vinha treinando. Foi algo espontâneo”, diz ele, que prefere não fazer grandes promessas. “Se aquele saiu, com certeza outros golpes podem aparecer. Está tudo guardado na memória. Sinceramente, não treinei nenhum tipo de surpresa para esta luta. Eu só deixo acontecer.”

O próximo desafio de Edson seria contra Evan Dunham, que se machucou e deu lugar ao ex-campeão Jamie Varner. O norte-americano tem resultados importantes na carreira, mas não vem em boa fase e foi chamado em cima da hora. Ainda assim, o brasileiro o considera um rival perigoso. “Mas duvido que seja mais perigoso que eu”, desafia.

Sem pressa, o foco do carioca é o mesmo de todos os seus rivais: o cinturão dos leves, hoje de Ben Henderson.

“Sou um cara que vê cada luta como uma disputa de cinturão. Mas sinto que estou chegando cada vez mais perto. Eu estou pronto, deixo na mão de Deus escolher o momento certo para mim”, afirma Edson. “Desde pequeno eu amo competir, me testar. Quero enfrentar a todos, luto com quem colocarem na minha frente."