Brasileiro volta ao UFC e tenta se desligar de fama de 'vilão' após treinar Sonnen
O brasileiro Vinny Magalhães é um especialista em jiu-jítsu, e sua qualidade na arte suave o levou a treinar grandes medalhões do MMA. Foi o caso de Dan Henderson e, mais recentemente, do falastrão Chael Sonnen. Vinny foi o responsável por afiar o chão do norte-americano para o segundo duelo contra Anderson Silva, o que gerou críticas de parte dos fãs do esporte. Dois meses depois, neste sábado será a vez dele próprio entrar no octógono, em seu retorno ao UFC.
Depois de perder a final na edição do reality show The Ultimate Fighter de 2008, o carioca acabou tendo uma passagem curta pelo UFC. Em 2012, ganhou uma segunda chance. Mais completo, quer mostrar a evolução de seu jogo e vê a luta do UFC 152 contra o croata Igor Prokrajac como a chance de se desvencilhar da imagem de “treinador de Sonnen”, papel pelo qual foi até chamado de traidor.
“Eu ter treinado com o Chael foi um lance profissional. Ele foi super gente boa, criamos uma amizade e até morei na casa dele, mas não considero um grande negócio da minha carreira. Não é algo que é parte do currículo com tanta força”, explicou o lutador, ao UOL Esporte. “Isso acabou chamando a atenção por um lado negativo. Mas, se não me importei na época, não vou me importar agora. Tenho certeza que, com esta minha luta, caíra este preconceito.”
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Vinny é faixa preta em jiu-jítsu e isso o faz uma presença constante em preparações de famosos do UFC. Quando ajudou Dan Henderson, em 2008, acabou ganhando o convite para o TUF. “Naquela época eu ainda estava fora do nível que precisava estar. Agora é meu teste de verdade. Estou bem mais completo, mas sei que posso ir muito mais longe na parte de wrestling, em pé e sempre há espaço para melhorar no chão”, afirmou ele.
Curiosamente, o lutador está na mesma categoria em que Chael Sonnen passará a lutar agora, a dos meio-pesados. Apesar de ser uma das divisões de peso mais competitivas, o brasileiro considera que há poucos lutadores no total, e que uma boa série de vitórias pode o levar longe.
“Acho que em dois anos eu posso entrar na lista do top 10. É uma categoria difícil, mas com menos lutadores. Obviamente são caras de muita qualidade, mas você não pode ficar se preocupando com isso”, avaliou Magalhães.
O carioca de 28 anos tem um cartel de 15 combates, com nove vitórias, cinco derrotas e um no contest (sem resultado). Ele triunfou nas últimas cinco lutas, todas por finalização ou nocaute. Vinny também é um atleta destacado por seus resultados no famoso ADCC, torneio de luta agarrada, e foi campeão em 2011 sobre Fabrício Werdum.
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