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Sarafian aceita derrota e admite que ansiedade atrapalhou em sua estreia no UFC

Com cortes no rosto, brasileiro Daniel Sarafian encara C.B. Dollaway - Fernando Donasci/UOL
Com cortes no rosto, brasileiro Daniel Sarafian encara C.B. Dollaway Imagem: Fernando Donasci/UOL

Jorge Corrêa, Luiz Paulo Montes e Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

20/01/2013 06h00

Quando o locutor Bruce Buffer anunciou a decisão dos juízes apontando a vitória para C.B. Dollaway sobre Daniel Sarafian no UFC São Paulo, sua voz logo foi abafada por uma retumbante vaia da torcida, que se revoltou com o resultado. Mas o brasileiro não se deixou levar pela opinião do público e aceitou a derrota, fazendo questão de lembrar que o desempenho em sua estreia não foi tão bom quanto ele esperava. Segundo ele, a ansiedade atrapalhou sua estratégia.

“Fiquei esperando 11 meses para lutar, então eu estava muito ansioso. A ansiedade me tirou um pouco da tática traçada em alguns momentos. Sei que posso ser melhor do que isso, sei das minhas capacidades. Mas foi a minha primeira luta de muitas que terão, será um ano longo. Não vi a luta ainda, mas pretendo ver onde errei. A ansiedade vai ter baixado um pouco e vou conseguir fazer uma luta melhor”, prometeu o paulista.

Revelação do TUF Brasil, Sarafian ficou fora da final contra Cezar Mutante devido a lesão, e só voltou a lutar no último sábado. O combate foi muito disputado e movimentado, e acabou sendo escolhido o melhor da noite. Mas o rival acabou vencendo por decisão dividida, o que revoltou a torcida. No fim da vaias, o público gritou o nome de Sarafian.

“Foi bom receber esse carinho, saber que agradei. Fico triste pela derrota, mas existem vitorias que não valem tanto quanto uma derrota. Claro que não foi o que eu queria, mas de alguma maneira fico mais tranquilo”, observou Sarafian, que chegou a ter dificuldades para falar na coletiva de imprensa devido ao inchaço de sua boca.

Depois da ansiedade da estreia, o paulista agora seguirá sua trajetória na divisão dos médios, mas sem fazer questão de pedir o esperado duelo com Cézar Mutante. “Acabou o TUF, então não tem porque eu escolher isso agora. A luta com o Mutante é uma coisa que vai acontecer se o UFC quiser. Ele é meu amigo, se tiver que lutar vou lutar. Mas a preferência só existia quando tinha a final, agora não vou escolher atleta”.

Seu algoz, o norte-americano C.B. Dollaway, reconheceu a dificuldade em se apontar o vencedor da luta e viu como natural o protesto da torcida: “Realmente achávamos que a luta estava empatada no terceiro round, mas sabia que precisava ganhar aquele último assalto. No final, achei que fiz o suficiente. Ele me pegou por trás, mas eu também fiz boas posições e machuquei ele. Sabia que a torcida iria apoiar os brasileiros e respeito isso, nos Estados Unidos também seria assim. Afinal, eu estou lutando na cidade dele.