Topo

"Compras de joias e relógios". Procurador detalha corrupção por Olimpíada

Carlos Arthur Nuzman chega à sede da Policia Federal para prestar depoimento - Luciano Belford/AGIF
Carlos Arthur Nuzman chega à sede da Policia Federal para prestar depoimento Imagem: Luciano Belford/AGIF

Do UOL, em São Paulo

10/09/2017 23h12

Procurador da República da França e responsável pela investigação que denunciou escândalo de corrupção na eleição do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, Jean-Yves Lourgouilloux deu detalhes de como acontecia o esquema. De acordo com a autoridade, depósitos eram feitos na conta de Lamine Diack, que usava sua influência e presenteava outros membros do Comitê Olímpico Internacional com artigos de luxo.

Depósitos foram feitos na conta de Diack dias antes das eleições do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 e de Tóquio como sede dos Jogos de 2020. Como denominador comum aos dias anteriores às duas escolhas, estão compras feitas em uma loja de joias em Paris, na França.

"Todos os pagamentos são seguidos de compras enormes de joias de luxo e relógios de luxo", disse, em entrevista ao "Fantástico".

"Investigamos que membros do Comitê Olímpico Internacional receberam presentes de Lamine Diack", completou.

De acordo com o procurador, autoridades de Tóquio chegaram a denunciar o Rio de Janeiro depois que a cidade foi derrotada na candidatura para 2016. Depois, repetiram o procedimento corrupto na eleição para 2020.

"Interessante também notar que Tóquio era candidata a sediar jogos de 2016. Tóquio fez denúncias de que havia ligações do Brasil com a África, e em seguida agiu da mesma maneira", declarou.