Por 48 times, Infantino sugere que países vizinhos sediem jogos do Qatar-22
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou, neste domingo (8), em entrevista a uma emissora de televisão francesa, que considera levar jogos da Copa do Mundo de 2022 a países vizinhos ao Qatar. O italiano também informou que a decisão de estrear o formato com 48 seleções já no próximo Mundial será tomada em março.
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O mandatário, no entanto, ponderou, afirmando que a resolução "não é fácil". "Isso porque a Copa [do Qatar] será disputada em 28 dias em vez dos habituais 31. Caso for factível e houver infraestrutura e estádios suficientes, tomaremos uma decisão no mês de março", completou, se referindo à data da próxima reunião do conselho da Fifa, em Miami, nos Estados Unidos.
Infantino também não descartou a possível inclusão de outros países como sede do próximo Mundial. "Por que não, se for possível? Estamos conversando com o Qatar sobre esse assunto, poderíamos imaginar que alguns jogos sejam disputados em países vizinhos. Por que não sonhar? Não é impossível", considerou.
Esta possibilidade, no entanto, pode encontrar barreiras políticas, uma vez que Arábia Saudita, Egito, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Líbia cortaram relações diplomáticas com o emirado. Em junho de 2017, estes governos acusaram Doha de refugiar pessoas e organizações, incluindo grupos terroristas islâmicos radicais, vistos como hostis para a região. Em outras oportunidades, Infantino disse que a possível divisão dos jogos da Copa do Mundo pode servir para aproximar estes países e selar a paz entre eles.
Na última semana, porém, o secretário-geral adjunto da organização da Copa de 2022, Nasser al-Khater, afirmou que o país não teve qualquer conversa com outros governos sobre a possível repartição.
Candidato à reeleição para seguir comandando a Fifa em junho de 2019, Infantino vem multiplicando propostas polêmicas, especialmente com a vontade de organizar um Mundial de Clubes ampliado e uma Liga Mundial de Nações.
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