Inter de Milão faz campanha antirracismo antes de jogo com portões fechados
A Inter de Milão lançou nesta sexta-feira 918) uma campanha antirracismo com um vídeo no qual os ex-jogadores Luís Figo, Javier Zanetti e Samuel Eto'o pedem que torcedores não façam o barulho conhecido como "buu", amplamente visto como um insulto racista.
O vídeo foi divulgado à medida que o Inter se prepara para disputar uma segunda partida sem torcida, depois que alguns torcedores fizeram insultos racistas e barulhos de animais contra o zagueiro senegalês do Napoli Kalidou Koulibaly durante jogo do Campeonato Italiano em San Siro.
O barulho, descrito pela mídia local como um "buu", é normalmente considerado como racista no futebol italiano, embora alguns torcedores tenham argumentado que ele tem apenas como objetivo irritar os jogadores adversários, independentemente da raça.
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A Inter disse em seu site que sua ideia foi usar a expressão Buu como uma sigla para Brothers Universally United (Irmãos Universalmente Unidos) - frase repetida por Figo, Zanetti e Eto'o no vídeo - e pedir para que torcedores "escrevam" a frase, "não digam".
O clube descreveu a campanha como "um convite para combater o racismo com sua própria arma: o buu racista".
"É uma transição do negativo para o positivo. É isso que queremos da campanha 'Buu, escreva, não diga'", disse o presidente do clube, Steven Zhang, que também aparece no vídeo.
"Essa campanha quer ser uma ferramenta sólida contra todas as formas de discriminação e uma que reafirme fortemente os valores com que a Inter tem se identificado por quase 111 anos".
Embora a partida de sábado contra o Sassuolo seja oficialmente sob portões fechados, a Inter disse na quinta-feira que a liga italiana permitiu que 10 mil crianças da área de Milão assistam ao jogo.
A Inter foi ordenada a fechar seu estádio para o público durante duas partidas e a seção da arquibancada ocupada por torcedores mais violentos por um terceiro jogo, após os incidentes contra o Napoli.
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