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Equipes reprovam ginásios da Superliga e CBV promete vistoria rigorosa na próxima temporada

Ginásio de Montes Claros tem sofrido com goteiras durante a Superliga masculina - Divulgação/Site da Prefeitura de Montes Claros/ Clésio Robert e Fábio Marçal
Ginásio de Montes Claros tem sofrido com goteiras durante a Superliga masculina Imagem: Divulgação/Site da Prefeitura de Montes Claros/ Clésio Robert e Fábio Marçal

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

03/03/2012 11h00

O atraso de quase duas horas na partida entre Cimed/Sky e Sesi por conta de umidade no piso do Capoeirão, em Florianópolis, escancarou um grave problema que as Superligas, principalmente a masculina, têm sofrido: os ginásios. E nem mesmo as equipes estão satisfeitas com o que tem ocorrido. Em Montes Claros, por exemplo, o Ginásio Tancredo Neves sofre com as goteiras, assim como o Maracanãzinho, que também já encontrou problemas por causa das fortes chuvas.

CIMED RECORRE A VENTILADORES E CASO VIRA ALVO DE PIADA NO TWITTER

  • Cristiano Andujar/VIPCOMM

    Uma cena curiosa chamou a atenção antes da partida entre Cimed/Sky e Sesi/SP. O piso do Ginásio Capoeirão ficou úmido e escorregadio devido à alta temperatura na cidade. Depois de tentarem secar com panos a quadra, o jeito foi apelar para ventiladores, que ajudaram, mas viraram alvo de piada no Twitter.

O UOL Esporte conversou com 11 dirigentes envolvidos na competição, que pediram para não serem identificados. Nove deles revelaram enorme insatisfação com a qualidade dos ginásios e quadras das equipes. Marcela Constantino, diretora do Vôlei Futuro, revelou que sua equipe também enfrentou problemas na quadra do Capoeirão, e contou que um membro da comissão técnica teve que comprar latas de refrigerante para jogar em um pano, onde os atletas esfregavam o tênis para ter mais aderência em quadra.

"Assisti ao jogo entre Sesi e Cimed e não foi nem será a única vez que isso vai acontecer lá em Florianópolis. Tomamos essa atitude do refrigerante para diminuir um pouco o risco dos nossos atletas se machucarem. Mas jogar lá é sempre um risco, que não condiz com o investimento que é feito no time", lamentou a dirigente.

E com a frequência dos problemas nos palcos de jogos na competição, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) garante rigor para a próxima temporada. Em comunicado oficial, a entidade afirmou que objetiva elevar a qualidade técnica da Superliga na próxima edição do torneio.

"(...) Devido a outros problemas ocorridos durante a temporada 11/12 da Superliga, a CBV informa que já está fazendo uma criteriosa reavaliação de todos os ginásio que sediam as partidas da competição. O objetivo é validar ou não estes ginásios para receberem os jogos da próxima temporada", diz trecho de nota emitida.

De acordo com apuração da reportagem, a alta cúpula da Confederação teme que os frequentes casos negativos em ginásios do torneio nacional acabem manchando a imagem da Superliga, que há anos é taxada pela entidade como "melhor competição de clubes". Por isso, já  inclusive comunicou aos times que o rigor na vistoria e na liberação ou não das quadras será bem maior a partir de 2012/2013.