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Após polêmica queda de bastão, brasileira tenta medalha em mundial

Do UOL, em São Paulo

09/03/2014 06h00

Franciela Krasucki viveu em 2013 um dos momentos mais conturbados da história do atletismo brasileiro. Ela estava presente na equipe do revezamento 4x100m que disputava o Mundial de Moscou, em agosto passado. O time ocupava a segunda posição e deixou o bastão cair na última troca da prova, o que causou um racha na seleção.

Sete meses depois de perder a medalha na reta final, Franciela volta a disputar um mundial, agora na modalidade indoor, em Sopot, na Polônia. Depois de cravar 7s25 em sua bateria dos 60m rasos, a brasileira avançou para a disputa das semifinais, que serão disputadas neste domingo, pela manhã.

Na ocasião da queda do bastão, Franciela evitou atritos com as companheiras de equipe. "Entramos para fazer uma boa prova, mas aconteceu um erro que nunca cometemos antes. Tem que pensar daqui para frente. E treinar mais para que não aconteçam esses erros", opinou na época.

Bicampeã olímpica volta após doping

  • Alexander Hassenstein/Getty Images

    Uma das adversárias da brasileira na próxima fase será a jamaicana Veronica Campbell-Brown. A bicampeã olímpica dos 200m rasos (Atenas-2004 e Pequim-2008) voltou a competir depois que o Tribunal Arbitral do Esporte a absolveu após ser pega no doping em maio de 2013.

    O exame havia dado positivo para um diurético proibido para competições e ela foi suspensa provisoriamente das competições. Veronica pediu ao Tribunal para rever a decisão, que foi desconsiderada.

Mas não foram todas as integrantes da seleção que compartilharam do mesmo pensamento. Ana Cláudia, segunda a correr pelo time brasileiro, culpou Vanda Gomes, que fecharia o revezamento pelo erro.

O início das semifinais está previsto para as 11h15 (horário de Brasília). Caso avance, Franciela correrá às 14h05.

Murer também é esperança brasileira

Outra atleta que tentará conquistar uma medalha para o Brasil no Mundial Indoor de Sopot, será Fabiana Murer, no salto com vara. Ela já foi melhor do mundo na categoria em Doha-2010. Dois anos antes, em Valencia, ela ficou na terceira posição. Murer vai disputar a primeira posição com outras 11 atletas. O salto com vara feminino tem início previsto para 11h deste domingo (horário de Brasília).

Brasil bate na trave no salto com vara

  • KACPER PEMPEL/Reuters

    O Brasil teve dois representantes na final do salto com vara masculino. Thiago Braz da Silva e Augusto de Oliveira buscavam a medalha, mas ficaram no quase.

    Thiago seguiu na disputa até a marca dos 5m80, quando não conseguiu prosseguir. Assim, terminou a disputa na quarta posição. “Eu estava me sentindo bem. Na segunda tentativa eu tentei, a vara ficou fraca e eu quase passei. Mas infelizmente não deu. Para o meu primeiro mundial está bom. Agora a gente vai se preparar para a temporada de pista aberta", disse em entrevista ao Sportv.

    Já Augusto competiu até os 5m75, finalizando sua participação na sétima colocação. O ouro ficou com o grego Konstadínos Filippídis, a prata com o alemão Malte Mohr e o bronze com Jan Kudlicka.

Primeira medalha da Polônia emociona anfitriã

  • JOHANNES EISELE/AFP

    Um dos momentos mais emocionantes do segundo dia de disputas em Sopot foi quando Kamila Licwinko ganhou a medalha de ouro no salto em altura. Ela pulou 2 metros, mesma marca da russa Maria Kuchina. Após confirmar o título, Kamila comemorou muito com a torcida presente na arena e se emocionou ao conquistar a primeira medalha do país sede nesta competição.

Atleta supera dor crônica nas costas e busca título mundial

  • DYLAN MARTINEZ/Reuters

    Um atleta encontra muitas dificuldades para atingir seu melhor desempenho e buscar sempre o topo. O caminho fica ainda mais complicado quando uma doença crônica acompanha a carreira do esportista. É o caso de Mutaz Essa Barshim, do Catar, que compete no salto em altura.

    Problemas nas costas atormentam o atleta de 22 anos desde 2011. Uma semana antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ele foi diagnosticado com uma fratura por estresse na quinta vértebra, mas nem isso o impediu de conquistar a medalha de bronze na competição.

    Ele chegou ao Campeonato Mundial de Moscou em 2013 cercado de dúvidas em razão de sua forma física. “Eu estava inseguro. Não queria forçar muito porque sentia a dor”, disse em entrevista à Federação Internacional de Atletismo. Mas ele superou as dores e conquistou o segundo lugar.

    Agora, no Mundial Indoor de Sopot, Mutaz quer provar que pode brigar pelo topo da categoria. Ele se classificou para a final do salto em altura, que será disputada neste domingo, às 12h30.