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Libertadores - 2019

Presidente do Corinthians diz que não vê culpa e fala em "fatalidade" em morte de torcedor

TV boliviana flagra momento no qual torcida do Corinthians lança sinalizador  - Reprodução
TV boliviana flagra momento no qual torcida do Corinthians lança sinalizador Imagem: Reprodução

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

21/02/2013 15h13

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, afirmou nesta quinta-feira que a morte do jovem Kevin Beltrán Espada, de apenas 14 anos, ocorrida durante a partida entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores, na noite da última quarta-feira, em Oruro, na Bolívia, foi uma fatalidade. O dirigente defendeu a tese de que não houve dolo no incidente durante uma entrevista coletiva concedida no CT do clube, em São Paulo.

“Presume-se que foi uma fatalidade. Exceto provem o contrário, que alguém usou um artifício para dolosamente atingir outro, foi isso que aconteceu. Ou tem a prova ou é uma fatalidade. O que tenho visto pelas redes, por jornais, me parece ter sido um acidente involuntário quando o torcedor foi soltar os fogos. Eu não posso crer que alguém vá a um jogo de futebol para matar outro. Se acreditar 1% nisso, tenho que deixar o futebol”, afirmou o dirigente. “Acidentes ocorrem, existem”, completou.

VEJA O MOMENTO DO LANÇAMENTO DO SINALIZADOR

Nesta quinta-feira, Corinthians colocou a bandeira do clube e também a do Brasil a meio-mastro no CT Joaquim Grava, em São Paulo, nesta quinta-feira. A equipe alvinegra pode ser punido pela morte do torcedor boliviano, mas dificilmente será excluída da Copa Libertadores de 2013, segundo dirigentes da Conmebol.

"Não houve uma briga entre torcidas. Não houve um mal-estar. E aí, em consequência disso, gerou um mal-estar que causou isso. Cada um estava no seu lugar. Foi uma fatalidade. Se tivesse uma briga, um mal-estar e, naquele instante, alguém. Poderia se cogitar que alguém agiu por dolo. Não tem por que cogitar por dolo. Pela experiência que tenho na minha carreira, tudo indica que se trata de uma fatalidade", disse, em São Paulo, o mandatário, que já exerceu o cargo de delegado de polícia.