Técnico do Real Madrid admite: teve medo da eliminação

Sofrimento, e até mesmo medo. Esses foram os sentimentos que os integrantes do Real Madrid passaram antes de consolidar a vaga para as semifinais da Liga dos Campeões, com uma derrota por 2 a 0 para o Borussia Dortmund nesta terça-feira (8). Se tivesse sofrido mais um gol, a equipe teria que enfrentar a prorrogação – havia vencido a primeira partida por 3 a 0.

O Borussia massacrou o Real no primeiro tempo, quando saíram os dois gols de Marco Reus, originados em falhas do time espanhol, e também na etapa final. Antes disso, no início do jogo, o argentino Di María desperdiçou um pênalti, que poderia ter mudado o cenário da partida.

“No primeiro tempo, a equipe estava lenta, cometeu erros e faltou confiança depois do pênalti perdido. Passamos um pouco de medo, foi muito difícil”, admitiu o técnico Carlo Ancelotti, que disse não ter dado bronca no intervalo: “precisávamos de ânimo”. “Houve sofrimento, mas estamos contentes.”

Agora, o treinador aguarda o retorno de Cristiano Ronaldo, que teve uma lesão no joelho e ficou no banco de reservas contra o Borussia, nas semifinais, marcadas para 22 e 23 de abril. “Ele não estava bem, não quisemos arriscar. Esperamos que se recupere e esteja pronto para as semifinais.”

Fundamental para segurar a classificação, com grandes defesas durante o jogo, o goleiro Casillas falou sobre o sufoco que o Real levou do Borussia e disse que o susto pode ter sido positivo.

“Foi sofrimento demais, mas é necessário levar esse toque de vez em quando. A Champions não é fácil. Melhor sofrer nesta partida do que nas mais decisivas que virão. Sabemos que não podemos cometer esses erros na semifinal.”

O goleiro também destacou o quanto as falhas decisivas afetaram a equipe. “O primeiro gol foi uma falha nossa e o segundo, uma bola perdida no meio de campo. É preciso uma fortaleza grande, com 2 a 0 [de desvantagem], e depois de perder um pênalti. Passam muitas coisas pela cabeça”, apontou Casillas.