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Atacante Fabrício Carvalho usa música para superar problema no coração e prepara 2º CD

Atacante de 34 anos teve problema cardíaco em 2005 e usou a música como terapia - Fernando Santos/Folha Imagem
Atacante de 34 anos teve problema cardíaco em 2005 e usou a música como terapia Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

20/03/2012 06h00

Fabrício Carvalho teve seu ponto alto na carreira defendendo o São Caetano, no início dos anos 2000. Aos 34 anos, o atacante da Ferroviária, que teve passagem pela Portuguesa, concilia o futebol com a música. Ele está em fase final de produção de seu segundo álbum evangélico, que se chamará “Deus em Milagres”.

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  • Matt Dunham/AP

    O meia do Bolton Fabrice Muamba, que sofreu uma parada cardíaca durante uma partida da sua equipe no último sábado, já respira sem a ajuda de aparelhos e reconheceu familiares nesta segunda-feira, informou o clube inglês.

Fabrício enfrentou momento delicado na carreira quando foi diagnosticada arritmia no coração. Ele ficou dois anos afastado do futebol para tratamento cardíaco (2005 e 2006). Esse período longe dos campos estreitou a relação com a música.

“Quando parei um pouco de jogar acabou aflorando esse meu lado musical. Não faço música para vender, mas acabo entregando esses CDs para que as pessoas se aproximem de Deus”.

O jogador/cantor não é somente um intérprete. Fabrício Carvalho compôs as 15 faixas do novo CD, que será lançado de forma independente, sem gravadora. Ele faz aulas de teclado e violão e concluiu aula de canto.

“A música acaba sendo uma terapia para mim. Gosto bastante. O CD já está pronto. Falta apenas escolher a capa. Não sou santo, nunca tive essa pretensão. Mas procuro seguir o exemplo de Jesus”, conta o jogador, que disputa a série A-2 pelo time de Araraquara.

Embora esteja prestes a lançar seu segundo álbum evangélico, Fabrício ainda pretende seguir como jogador.

Na avaliação de Fabrício, a fama traz consequências nefastas na vida de determinados atletas. Os jogadores sem base para suportar o sucesso acabam se tornando pessoas sozinhas, crê Fabrício. Sobram exemplos: Adriano, Jobson e Régis Pitbull.

“Você vê o Adriano, que é uma pessoa boa, não ter um ideal na vida. O Corinthians fez tudo por ele e nem assim adiantou. Não tem Deus por perto. O Jobson também não aproveitou as oportunidades. O Régis Pitbull foi internado para se livrar das drogas. Ao contrário do Neymar, que mesmo diante de um assédio monstruoso, tem um pai que lhe dá apoio”.

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