Fla aguarda proposta de patrocínio, e Conselho avisa que não aceita menos de R$ 20 mi
O Flamengo aguarda para a próxima semana a proposta de patrocínio da Black&Decker para o espaço frontal da camisa rubro-negra. Apesar das conversas adiantadas e do entusiasmo da diretoria de finalmente fechar um parceiro master, o Conselho Fiscal do clube colocou o "pé no freio" nas negociações e já avisou que não irá aceitar uma proposta com valor inferior a R$ 20 milhões de reais por ano.
FLA VETA PATROCÍNIO DE CHURRASCARIA E ESTUDA PROPOSTA DE R$ 3,5 MILHÕES
O contrato de patrocínio entre Flamengo e a churrascaria Porcão nem sequer foi ao plenário do Conselho Deliberativo nesta terça-feira. A reunião estava marcada, mas a rejeição interna dos conselheiros pesou no momento decisivo e a administração recuou. Ainda sem uma marca master, o clube estuda alternativa da Triunfo - por R$ 3,5 milhões até o final do ano pelo espaço da omoplata. O Conselho Fiscal vai analisar os valores antes do envio definitivo ao Deliberativo
Inicialmente, a ideia da empresa de produtos industriais é oferecer cerca de R$ 18 milhões. Apesar da pequena diferença, os membros responsáveis por fiscalizar as contas do clube alegam que não será possível dar um parecer positivo a este valor. Segundo eles, o montante não seria suficiente para fechar as contas do orçamento de R$ 40 milhões por ano do futebol rubro-negro.
Com R$ 9 milhões da BMG, R$ 5 milhões da Cosan, R$ 3 milhões do contrato que deve ser fechado para a omoplata da camisa e mais R$ 2 milhões da Tim, ainda restariam R$ 21 milhões para fechar a conta.
"O clube votou um orçamento prévio e ficou estabelecido que teríamos R$ 40 milhões de receita na camisa do futebol. Não posso chegar agora e aceitar um montante menor que esse. De que adianta fechar por menos e acumular dívidas na frente? Temos que ter pelo menos R$ 20 milhões para aprovar essa parceria com a Black&Decker", explicou Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal, dizendo ainda que a demora de quase seis meses para negociar um patrocinador master também dificultou a busca do clube por parceiros.
"Estamos quase no meio do ano e as empresas também não aceitam com facilidade esse valor que pedimos. Se tivessem resolvido antes, não teríamos essa discordância de valores. O nosso manto sagrado hoje não pode valer tão pouco. O Conselho vai brigar até o fim para que a camisa seja valorizada e paguem o que se pede", bradou o dirigente, sem esconder a insatisfação com o departamento de marketing do Flamengo.
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Ainda de acordo com o presidente do Conselho Fiscal, um valor abaixo de R$ 20 milhões só poderia ser aceito mediante a um corte de gastos no futebol profissional, o que não irá ocorrer. "Como o departamento não irá fazer isso, até porque não houve um planejamento para tal, seguimos esperando uma boa proposta", explicou Ribeiro.
Ciente das cobranças, a diretoria irá esperar a proposta oficial nos próximos dias e definir o que será feito. Sem outras grandes ofertas e com o tempo avançado sem um anunciante master na camisa, a expectativa é que se negocie um acordo com a Black&Decker para aumentar em R$ 2 milhões o valor do contrato.
No final de março, o Flamengo esteve muito perto de fechar um patrocínio com a Hyundai por R$ 21 milhões. No entanto, a alta taxa que teria que ser paga a Ronaldo, que intermediou a negociação através de sua empresa de marketing esportivo, emperrou as conversas.
Com uma folha salarial de cerca de R$ 7 milhões, o clube está sem patrocinador master desde o início do ano e tem usado cotas do contrato de televisão para pagar os jogadores. Ainda assim, o Flamengo acumula dívidas com os atletas por conta dos direitos de imagem. A expectativa é resolver todos os impasses financeiros até o meio deste ano.
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