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Acusado de pichação com nome de Ronaldinho se diz "bode expiatório" e nega ato de vandalismo

Estátua do Cristo, em BH, foi pichada com a grafia errada do nome de Ronaldinho - Léo Fontes/Futura Press
Estátua do Cristo, em BH, foi pichada com a grafia errada do nome de Ronaldinho Imagem: Léo Fontes/Futura Press

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

12/06/2012 18h09

Um dos suspeitos de escrever o nome de Ronaldinho Gaúcho na estátua do Cristo Redentor, no Bairro Milionários, na Região do Barreiro, na capital mineira, Michael Antonio Azevedo, que foi preso momentos depois da ação, disse estar servindo de “bode expiatório” e negou qualquer envolvimento com o ato de vandalismo.

Ronaldinho Gaúcho deixa a Cidade do Galo e se hospeda em hotel de Belo Horizonte

  • Leonardo Soares/UOL

    Depois se hospedar no hotel da Cidade do Galo durante toda a semana que antecedeu sua estreia pelo Atlético-MG, o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho transferiu, nesta terça-feira, provisoriamente, para um hotel da capital mineira.

A polícia civil informou que ainda não tem pistas sobre o paradeiro do segundo autor da pichação “Ronadinho (sic) 49”, ocorrida no Cristo Redentor do bairro Millionários, em alusão a Ronaldinho Gaúcho e o número da sua camisa.

Em depoimento, Michael Azevedo disse à delegada Cristiane Moreira, responsável pela Divisão de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil, que não participou da ação e que foi apreendido pela Guarda Municipal apenas por estar perto do local. “Não foi eu que fiz aquilo não. Me pegaram porque estava com o carro vermelho perto”, afirmou o acusado ao UOL Esporte.

Depois de terminar o depoimento, que ainda está acontecendo, Michael será levado ao Ceresp do Bairro São Cristóvão, onde ficará preso, já que tinha mandado de prisão preventiva por tráfico de drogas. Agora, ele também vai responder pelos crimes de pichação e falsidade ideológica. Isso porque ele usou documento do irmão, Willy César Azevedo, prática comum pelo autor em outros crimes, segundo a delegada Cristiane Moreira.

“Ele ficou preso também por assalto á mão armada, por cinco anos. Depois que ele voltou para as ruas, ele começou a usar o nome do irmão para cometer outros atos. Deu certo em outras vezes, mas desta não”, afirmou a policial civil.

O irmão e o outro acusado já estão sendo procurados, mas a polícia informa que ainda não tem pistas sobre os dois e de quem é o proprietário do Peugeot vermelho, utilizado na ação. No veículo, encontrado próximo do monumento, foi encontrada uma escada, que teria sido usada pela dupla para pichar o Cristo.

Além de responder pelo crime de tráfico de drogas, Michael vai responder no artigo 304 do Código Penal, que se refere ao uso de documentação falsa, e no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientes, que fala de atos contra patrimônios públicos. Perguntado sobre o motivo de ter escrito o nome de Ronaldinho Gaúcho no Cristo, Michael negou mais uma vez que tenha participado da ação.

“Acredito que tenha sido por ego mesmo. Ele já faz isso há mais tempo. Agora o nosso desafio é recuperar algumas informações do dia e encontrar o companheiro do Michael e o irmão dele, para saber dos seus envolvimentos”, disse a delegada.

A pichação feita por dois vândalos, de acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, na madrugada desta terça-feira. Os autores erraram a grafia: “Ronadinho (sic) 49”. Eles se “esqueceram” de gravar a letra L do nome do jogador. A dupla foi flagrada por guardas municipais, que faziam a ronda próximo ao local, mas conseguiu fugir.

Ronaldinho Gaúcho foi contratado pelo Atlético na segunda-feira, 4 de junho, e assinou contrato até o final da temporada. A estreia do meia-atacante, que adotou a camisa 49 em homenagem à mãe, dona Miguelina, ocorreu na vitória sobre o Palmeiras, por 1 a 0, no último sábado, no Pacaembu, em jogo válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro.