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"Reforço", Emerson Sheik diz que se atrasa por morar em Alphaville

Estrela do Corinthians, Emerson Sheik costuma dar trabalho à diretoria fora de campo - Manuela Scarpa/Foto Rio News
Estrela do Corinthians, Emerson Sheik costuma dar trabalho à diretoria fora de campo Imagem: Manuela Scarpa/Foto Rio News

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

24/07/2013 13h37

“Estou feliz pela diretoria ter acertado na contratação de um grande jogador”, disse Emerson, no início de sua entrevista coletiva. A referência, é claro, foi feita a ele mesmo, de contrato recém-renovado com o clube até o meio de 2015. Sem falsa modéstia, ele ressaltou a sua importância no elenco atual.

“Esse reforço que eu falei sou eu mesmo. O que eu vou ajudar? Tenho cem jogos pelo Corinthians e cinco títulos. Acho que eu ajudo”, disse o atacante.

Emerson chegou ao Corinthians no meio de 2011 e já foi campeão paulista, da Recopa, brasileiro, da Libertadores e do Mundial de Clubes, sempre como titular. Um dos ídolos da torcida, ele viveu momentos de incerteza até terça passada, quando foi sondado por Vasco e Flamengo antes de finalmente assumir um novo compromisso com o clube do Parque São Jorge.

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“Durante o período da renovação, o que ficou forte foram as mensagens que eu recebia do torcedor. Isso foi algo determinante. A confiança na diretoria, no meu empresário e no meu desejo de ficar era importante. Naturalmente ouvi as outras propostas, mas preferi não me pronunciar”, disse o atacante.

Na hora de comemoração, porém, ele também foi lembrado de seu calcanhar de Aquiles no clube, a disciplina. Nesse ano, Emerson já se atrasou em pelo menos três treinamentos, tendo sido multado pela diretoria pelo comportamento em uma oportunidade. Quando perguntaram se repetiria os problemas no novo contrato, ele se esquivou.

“Acho que vou chegar atrasado em algum momento, não vou mentir, mas meus atrasos tiveram justificativa. Eu moro longe, lá em Alphaville [região de Barueri, município vizinho a São Paulo]. Posso dar a desculpa agora? Duas ou três vezes peguei acidente. Uma vez fui para o Rio porque meu filho estava doentinho”, explicou ele, prometendo alguma mudança.

“Estou mais experiente, sei o transtorno que isso causa e nos próximos 24 meses... Vamos lá, vamos apostar aí. Vamos ver quantas vezes eu vou chegar atrasado? Você vai se surpreender. E quando atraso eu venho, treino. O pessoal sabe que eu treino. Quando não dá para vim eu pego um helicóptero e venho”, emendou o atacante.

No ano passado, depois da conquista da Libertadores, ele chegou a usar o expediente para minimizar um problema que teve com o horário. Em 2013, ele só usou o helicóptero para deixar o CT em uma oportunidade, ainda no início da temporada.

Emerson ainda falou sobre o atual momento do time e a concorrência com Alexandre Pato. Do seu jeito peculiar, o Sheik elogiou o colega e pediu para ele manter o estilo, mas ao mesmo tempo concordou com a falta de combatividade identificada por Tite.

“Honestamente, se eu fosse ele não mudaria nada. Talvez, se ele entendesse mais o esquema que o treinador monta e a função. Não que ele não cumpra, mas talvez possa estar um pouco mais atento ao que o treinador gosta. O estilo do cara é outro estilo, talvez tenha que ter esse ajuste para cair de vez nas graças da galera. Talvez competir um pouco mais mudaria a visão, não nossa, porque a gente sabe o potencial dele, mas de quem vê pela TV”, concluiu.