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Reforço mais caro do Palmeiras vê início irregular e resistência da torcida

Carlos Eduardo jogou mal no clássico e saiu no intervalo - Daniel Vorley/AGIF
Carlos Eduardo jogou mal no clássico e saiu no intervalo Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Danilo Lavieri e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

05/02/2019 04h00

Reforço mais caro do Palmeiras neste ano levando em conta os direitos federativos, o atacante Carlos Eduardo tem vivido um início irregular em seu novo clube. Após dois jogos com lampejos e bons momentos, o ex-atleta do Goiás teve uma atuação ruim no clássico contra o Corinthians, que terminou com derrota alviverde por 1 a 0, e tem visto a resistência na torcida aumentar. A missão, agora, é recuperar a confiança e dar a volta por cima.

O Palmeiras pagou US$ 6 milhões (cerca de R$ 23 milhões) para tirar Carlos Eduardo do Pyramids, do Egito, onde ele jogava com o ex-alviverde Keno. A contratação atendeu a um pedido de Luiz Felipe Scolari por pontas rápidos e dribladores, posição identificada como a mais carente do elenco no fim do ano passado. Do elenco atual, só Borja, comprado por US$ 10,5 milhões, custou mais.

Com menos de 20 jogos de Série A na carreira, já que passou a maior parte de seu tempo no Goiás na segunda divisão, o atleta de 22 anos chegou tímido, com o discurso de brigar por espaço, mas sem protagonismo. Sua estreia foi entrando no lugar de Dudu em uma vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP. A hesitação em partir para cima dos zagueiros chegou a irritar Felipão, mas Carlos Eduardo respondeu ganhando um pênalti para o Palmeiras, que acabou desperdiçado por Bruno Henrique.

No primeiro jogo como titular, em vitória por 2 a 0 sobre o São Caetano, a atuação foi parecida: bons lances individuais, velocidade e qualidade nas situações de um contra um, mas muitas decisões precipitadas e erros na hora de definir as jogadas. Por fim, contra o Corinthians, só a parte negativa apareceu. Carlos Eduardo produziu pouco diante da forte marcação alvinegra e ainda perdeu uma chance clara de gol ao cabecear para fora.

É claro que a trajetória do atacante no clube está só começando. Ele assinou contrato por cinco anos e terá oportunidades de sobra para mostrar seu futebol. No próprio elenco, há exemplos de jogadores que não começaram bem, mas depois se tornaram xodós da torcida, como Bruno Henrique e Deyverson.

No quebra-cabeça de Felipão, porém, a posição de Carlos Eduardo é justamente a mais incerta. Com Dudu titular absoluto em uma das pontas, o outro lado está sendo disputado entre ele, Felipe Pires e Gustavo Scarpa - que não tem a característica de velocidade apreciada pelo treinador, mas contribui com a qualidade na batida na bola. As outras opções no elenco para a função são Hyoran e Guerra, que não foram inscritos no Paulista, além de Willian, que, lesionado, só deve voltar no segundo semestre.