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Súmula de clássico cita "esbarrão" de Mattos em árbitros. Palmeirense nega

Leandro Miranda/UOL Esporte
Imagem: Leandro Miranda/UOL Esporte

03/06/2018 16h44

Rodolpho Toski, árbitro do clássico entre Palmeiras e São Paulo, no Allianz Parque, relatou na súmula um "esbarrão intencional" de Alexandre Mattos, diretor de futebol do Verdão, em membros da equipe de arbitragem durante o intervalo.

"Quando a equipe de arbitragem dirigia-se ao seu vestiário, no intervalo da partida, o sr. Alexandre Mattos, diretor da S. E. Palmeiras, aguardava na porta do vestiário. Este, enquanto a equipe passava, caminhou em direção contrária esbarrando intencionalmente em três membros da equipe (assistente 1, quarto árbitro e árbitro adicional 1)", diz o documento divulgado no site da CBF.

Em contato com o UOL Esporte, Mattos demonstrou surpresa com a citação na súmula. O dirigente alviverde afirmou que nem olhou para os membros da equipe de arbitragem e que não percebeu qualquer esbarrão.

"Eu fico extremamente chocado e surpreso com essa súmula, porque quando eles (equipe de arbitragem) vêm, eu estou em um corredor que deve ter 2 x 2 metros. Vêm cinco ou seis membros de arbitragem, mais polícia, mais delegado do jogo, vêm igual a um trator, e eles passam por mim, eles vêm na minha direção. Sinceramente, nem senti absolutamente nada de esbarrão, e nunca vi esse tipo de assunto em súmula. Ou me acusa de alguma coisa ou prova alguma coisa, porque eu não vi nada. Eu estou no corredor, no meu espaço, e eles passam por mim. Se eu quisesse falar com o árbitro, falaria de frente, mas nem olhei na cara dele. Estava focado no meu trabalho e indo para o meu vestiário, preocupado com meus atletas", disse.

O Palmeiras terminou o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 e reclamando muito das decisões da arbitragem. No lance que gerou maior irritação, o time queria que Anderson Martins recebesse o segundo amarelo após parar um contra-ataque. Depois do intervalo, o time se acalmou e virou para 3 a 1.

O diretor corre o risco de ser denunciado no STJD. O artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em "desrespeitar membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões", prevê pena de 15 a 180 dias de gancho.

Também chama a atenção na súmula o fato de o gol do São Paulo, antes creditado a Marcos Guilherme, ter sido dado ao zagueiro Edu Dracena, contra.