| 05/06/2005 - 19h48 "Esquizofrenia tática" deixa técnico argentino sob pressão Alexandre Gimenez Enviado especial do UOL Em Buenos Aires (ARG) O desempenho sofrível da Argentina na partida contra o Equador deixou o técnico Jose Pekerman sob pressão para o confronto da próxima quarta-feira contra o Brasil, no estádio Monumental. O vencedor da partida confirma a classificação ao Mundial da Alemanha.
 | | Pekerman (dir) conversa com González durante derrota da Argentina no Equador | Na derrota por 2 a 0, o treinador optou por deixar seus principais jogadores treinando em Buenos Aires enquanto o grupo de reservas enfrentava a equipe equatoriana nos 2800 metros de altitude de Quito.
O expediente havia dado resultado contra a Bolívia, porém no último sábado, contra uma equipe de mais qualidade, o técnico mostrou muita insegurança em relação às suas opções, usando três esquemas táticos distintos durante o jogo.
Isso despertou a "ira" dos meios de comunicação da Argentina, que fizeram pesadas críticas ao treinador. Pekerman, até então, vivia uma espécie de "lua-de-mel" desde que assumiu o time no ano passado, permanecendo invicto até o desastre em Quito.
"Não existe desculpa. Estivemos imprecisos nos passes e isso nos custou o domínio de bola. Porém se tivéssemos aproveitado as chances que tivemos no primeiro tempo a conversa agora seria diferente", afirmou Pekerman na entrevista coletiva concedida após o jogo.
Inicialmente, Pekerman iniciou o confronto com o Equador jogando num 4-3-2-1. Nesse esquema, com apenas um atacante, a equipe ficou completamente acuada.
Para mudar a situação, o treinador mudou para o 4-2-2-2, a mesma configuração tática usada pela seleção brasileira. Não deu certo e o técnico acabou colocando um terceiro atacante. Porém o corintiano Tévez acabou perdendo uma bola que propiciou ao Equador marcar o seu segundo gol nu contra-ataque.
"Lamentamos a derrota, já que tínhamos a possibilidade de ganhar. O time se esforçou e até tivemos alguns bons momentos", completou Pekerman.
Para a partida contra o Brasil, a Argentina deve ter o retorno de Ayala, Placente, Heinze, Luis Gonzalez, Mascherano, Saviola, Crespo e Delgado. Esses jogadores ficaram treinando em Buenos Aires.
A equipe não poderá contar com Cambiasso, que foi expulso na partida contra o Equador.
|