| 02/11/2006 - 22h27 Cruzeiro não passa de um empate com o Paraná Da Redação Em Belo Horizonte Cruzeiro e Paraná fizeram um jogo movimentado, na noite desta quinta-feira, no Mineirão, em que o empate, em 2 x 2, teve um sabor diferente para os dois times, em função da acirrada disputa por uma vaga à Libertadores de 2007. Para o clube mineiro, que perdia duas vezes e chegou à igualdade, foi pior, porque precisava da vitória para diminuir a vantagem de quatro pontos em favor do Paraná e também para se aproximar do Vasco, seu adversário no próximo domingo, outra vez como mandante.
Para o Paraná, que vinha de duas derrotas para Flamengo e Atlético-PR, o empate não foi de todo ruim. O time de Curitiba chegou aos 50 pontos, superando o Vasco, no número de vitórias, e retomando a quinta colocação, que lhe garantiria na Libertadores, caso o Brasileiro tivesse terminado. O problema para a equipe de Caio Júnior é que vencia o jogo e enfrentava uma equipe muito nervosa em campo, mas cedeu o empate.
O primeiro tempo foi muito movimentado, com predomínio do Cruzeiro, que tentou pressionar desperdiçou oportunidades, mas também cedeu espaços ao Paraná, que igualmente poderia ter chegado ao gol. Na etapa final, o time da casa errou muito, irritando a torcida que compareceu ao Mineirão em bom número e acabou surpreendido pelos visitantes.
O Paraná marcou, por meio de Sandro, aos 13min, e desorientou de vez o adversário, que, bastante nervoso, tentou a reação, mas esbarrou nos seus próprios erros e também em um adversário bem colocado, que nos contra-ataques tinha condições de ampliar o marcador. Aos 30min, por exemplo, Leonardo poderia ter marcado o segundo.
O Cruzeiro ainda animou sua torcida, aos 35min, quando Gabriel empatou a partida e passou para a pressão, em busca da vitória. Mas a equipe de Oswaldo de Oliveira voltou a vacilar, permitindo o segundo gol do Paraná, marcado por Sandro, novamente, aos 42min, numa verdadeira . Três minutos depois, Gabriel empatou de novo e logo depois Wagner foi expulso.
O empate em casa deixou o Cruzeiro na oitava posição, com 46 pontos, quatro atrás do Vasco, seu próximo adversário, domingo no Mineirão, que está na sexta colocação. A seis jogos do fim da competição, as chances cruzeirenses de classificação à competição continental foram praticamente sepultadas. O Paraná recebe o Palmeiras, em Curitiba, no próximo domingo.
O jogo
O início da partida entre Cruzeiro e Paraná foi promissor. Em 15 segundos, o time visitante havia chegado pela esquerda, com o lateral Eltinho e conseguido um escanteio. A resposta cruzeirense, aos 2min, foi com o meia Wagner, que atuou mais uma vez como atacante. Ele avançou coma bola dominada e bateu forte, mas alto, sem perigo para o goleiro Flávio.
TABU SE MANTÉM |
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Depois de derrotar o Goiás sábado passado, no campo do adversário, em jogo válido pelo Brasileiro - o que não acontecia há 32 anos - o Cruzeiro desperdiçou a chance de quebrar um outro tabu, nesta quinta-feira, quando empatou com o Paraná, em 2 a 2, no Mineirão. Desta forma, o clube celeste segue sem derrotar essa equipe paranaense desde 2003, ano em que foi campeão brasileiro. Nos 5 jogos realizados nesse período, o Cruzeiro havia sido derrotado em todos. |
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A partir daí o Cruzeiro começou uma pressão contra o adversário. Em 10 minutos, o time mandante tinha conseguido cinco escanteios, sendo três consecutivos. Nas finalizações, a pontaria não ajudava. Jonathas, Luizão, de cabeça e em chute da posição de ala, pelo lado direito, foram responsáveis por algumas tentativas, que erraram o alvo. O primeiro chute na direção do gol foi do jovem atacante Jonathas, que bateu fraco, para fácil defesa de Flávio.
O Paraná, bastante fechado, conseguiu resistir à pressão e passou a ameaçar no contra-ataque. Aos 20min, Fábio salvou duas vezes seguidas, a primeira nos pés de Leonardo e depois contra Beto. Quatro depois, Cristiano avançou pela direita e bateu para fora. O jogo teve uma queda no ritmo e ficou truncado, com 22 faltas, 16 cometidas pelo Paraná e cinco amarelos, três para o clube visitante.
Nos minutos finais, as chances de gols, dos dois lados, voltaram a acontecer. Aos 42min, Cristiano, livre, chutou fraco, facilitando a defesa de Fábio. Dois minutos depois, Teco cabeceou, a bola passou por Flávio e ia entrando, mas o zagueiro Neguette conseguiu salvar. A última oportunidade do primeiro tempo, aos 45min, foi desperdiçada pelo Paraná. Batista chutou bem, mas o goleiro celeste fez novamente uma difícil intervenção.
"Tivemos oportunidades nítidas de gols e não fizemos. Temos que ter mais calma na finalização", afirmou o zagueiro Neguette, revelado pelo Atlético-MG, rival do Cruzeiro. Já o lateral-direito Gabriel considera que o Cruzeiro precisa finalizar mais, já que criou oportunidades. Além disso, ele espera que o seu time acerte mais os cruzamentos. "Fazendo isso o gol vai sair naturalmente", observou.
O Cruzeiro voltou com o mesmo time do primeiro tempo, mas o Paraná retornou ao campo com o meia Sandro na vaga de Batista. E foi esse jogador que deu o primeiro chute ao gol na etapa final. Ele cobrou falta, mas errou o alvo. A resposta celeste foi imediata, com Wagner, batendo bem e obrigando o goleiro Flávio a fazer boa defesa.
O jogo continuava movimentado e com boas chances de gols criadas pelas duas equipes. Aos 5min, Sandro, de cabeça, desperdiçou outra boa possibilidade de abrir o marcador. Mais uma vez, o Cruzeiro não perdeu tempo para responder. Jonathas recebeu a bola livre, na área adversária, e chutou cruzado, mas a boa saiu.
O Cruzeiro, a exemplo do primeiro tempo, errava muitos passes e proporcionava os contra-ataques ao Paraná. Foi assim que o time visitante chegou ao seu gol, aos 13min, por meio de Sandro, que entrou bem no jogo. A defesa cruzeirense estava desorganizada e demorou muito para voltar. A torcida celeste imediatamente iniciou gritos de protestos contra o técnico Oswaldo de Oliveira.
Três minutos depois de o Cruzeiro sofrer o gol, o treinador tirou Léo Silva e Jonathas para as entradas de Diego e Ferreira, não abrindo mão do esquema com três zagueiros, mantendo o improvisado lateral-esquerdo Júlio César na zaga. A torcida reagiu com vaias intensas às substituições.
Na base da vontade, o Cruzeiro partiu para tentar o empate, apesar de muito desorganizado. De tanto tentar, conseguiu, aos 35min. Ferreira dominou no peito, bateu de virada e a bola tocou na trave e no rebote Gabriel colocou a bola nas redes. Três minutos depois, o Cruzeiro fez o segundo, com Teco, mas foi anulado, por impedimento do zagueiro, após chute de Gabriel. Novamente em um contra-ataque, o Paraná chegou ao segundo gol, com Sandro, aos 42min. Aos 45min, Gabriel empatou de novo o jogo, minimizando o prejuízo celeste.
Cruzeiro Fábio, Luizão, Teco e Júlio César (Francismar); Gabriel, Fábio Santos, Léo Silva (Diego), Élson e Leandro; Wagner e Jonathas (Ferreira) Técnico: Oswaldo de Oliveira
Paraná Flávio; Gustavo, Edmílson e Neguette (João Paulo); Alex, Pierre, Beto, Batista (Sandro) e Eltinho; Leonardo e Cristiano (Henrique) Técnico: Caio Júnior
Local: estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG) Árbitro: Washington José Alves Souza (AM) Assistentes: Gilbert Ferreira Costa (AM) e Djalma Silva de Souza (AM) Cartões amarelos: Luizão (C), Batista (P), Flávio (P), Cristiano (P), Élson (C), Wagner (C), Gustavo (P), Teco (C), Leandro (C), João Paulo (P) Cartão vermelho: Wagner (C) Gols: Sandro, aos 13min do segundo tempo; Gabriel, aos 35min, Sandro, aos 42min, Gabriel, aos 45min do segundo tempo
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