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Mesmo após polêmica, presidente do Palmeiras se diz contra o uso da tecnologia no futebol

Presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, visita as instalações da Arena Palestra - Fernando Donasci/UOL
Presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, visita as instalações da Arena Palestra Imagem: Fernando Donasci/UOL

Do UOL, em São Paulo

01/11/2012 14h44

Desde o fim de semana as discussões do futebol brasileiro tem como o grande tema o lance polêmico da partida entre Palmeiras e Internacional, quando Barcos fez um gol com a mão e o gol foi anulado após uma suposta influência externa para avisar a arbitragem. Mesmo com toda a confusão causada, o presidente do time alviverde afirmou que não concorda com o uso de tecnologia em campo.

Para Arnaldo Tirone, o uso de replay instantâneo não deve ser aplicado, ainda que um lance como o de Barcos pudesse ser resolvido mais facilmente se as regras fossem diferentes.

"Não sou a favor do uso da tecnologia", disse o cartola, ao Arena SporTV. "“O juiz tem que acertar e errar e assumir dentro do campo. Não usar de alguém de fora para mudar de jogo."

Para Tirone, usar o vídeo após a partida não é um problema, apesar de a Fifa também condenar isso.

O presidente do Palmeiras relembrou um episódio anterior ao primeiro rebaixamento do Palmeiras, em 2002, para mostrar que os erros de arbitragem seguem como um problema no país.

"Faltam poucas rodadas, então os erros são mais prejudiciais. Em 2002, lembro que jogamos com o Santos na Vila. Estava 1 a 1 e o Zinho bateu uma falta que bateu na trave e entrou um metro. O gol não foi validado, e terminou que eles foram campeões e nós fomos rebaixados", reclamou, para depois complementar.

"Isso é prejudicial para o futebol. O próprio Inter que anulou pode vir a ser prejudicado no futuro. Isso é maléfico para todo mundo. Nós estamos defendendo os direitos e não pensar se o gol foi de mão ou não, mas sim se a Fifa condena o uso de interferência externa", afirmou ele.

Por fim, ele repetiu qual será o repertório do Palmeiras para convencer o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de que o jogo precisa ser analisado. "Tem até leitura labial, que vai ser usado. Tem o depoimento da repórter que disse que perguntaram e ela disse que foi de mão. Pelo que eu entendi a informação foi dela. Se o juiz está perto da área e deu o gol. Os três apontaram para o meio e aí uma pessoa que estava a 52 metros de distância pede para mudar. Aí não precisa ter juiz", finalizou.