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Presidente do Figueirense detona árbitro e reclama de pressão do Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

17/10/2016 11h37

O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, concedeu uma entrevista ao programa Bate Bola, "da ESPN Brasil", na qual detonou a arbitragem da derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, no último domingo Em sua avaliação, houve pressão da diretoria palmeirense durante a semana, o que teria influenciado nas decisões de Igor Junio Benevenuto.

"O que se viu aqui foi uma vergonha, um dia negro para o futebol. Você não pode admitir que um árbitro faça o que fez. Uma atuação desastrosa, completamente parcial em função da pressão por parte do Palmeiras. Não tinha menor condição desta arbitragem apitar", disse.

"Foram 17 mil palhaços que vieram aqui (publico registrado no Estádio Orlando Scarpelli) por causa dessa arbitragem desastrosa", completou o presidente, que ainda disse que o "campeonato está manchado".

Brillinger reclamou das decisões da arbitragem em três lances, entre eles os dois que originaram o gol do Palmeiras. Em sua avaliação, o pênalti em cima de Gabriel Jesus não ocorreu. Já no segundo gol, o lateral cobrado na origem da jogada não teria entrado em jogo. Ele ainda reclama de um pênalti não marcado a favor do Figueirense quando o jogo estava 1 a 0 para o rival.

"Na primeira oportunidade ele marcou um pênalti absurdo, que o Brasil inteiro viu que não foi nada. Na sequência, teve um pênalti claro que não marcaram para nós. Se não bastasse, no segundo gol do Palmeiras a bola nem entrou em jogo, ela quicou fora. E ele acabou permitindo isso. Vamos colocar esses lances no site para todos verem a vergonha que foi", disse.

Na avaliação de Brillinger, Igor Junio Benevenuto já chegou a Florianópolis pressionado pela polêmica envolvendo o Fla-Flu durante a semana, quando o gol de Henrique foi anulado após longa indefinição. O presidente palmeirense Paulo Nobre concedeu uma entrevista no dia seguinte falando em interferência externa na anulação que favoreceu o time rubro-negro, um dos concorrentes do Palmeiras pelo título.

"Os árbitros precisam ser profissionalizados. Precisamos fazer isso, senão não conseguimos resolver a situação. O psicológico dele já estava abalado. E lamentavelmente ele fez o que fez. A crônica (esportiva) diz que o Flamengo foi prejudicado, mas o grande prejudicado foi o Figueirense. Estamos lutando contra o rebaixamento. Esse Campeonato Brasileiro infelizmente é um que está manchado" disse Brillinger.

A sua opinião, no entanto, também se baseia em outros aspectos da competição. Ele reclamou da venda de mando de campos por parte de rivais e da mudança no número de vagas para a Copa Libertadores a serem distribuídas pelo Campeonato Brasileiro.

"Primeiro você muda essa regra no meio do campeonato, da Libertadores classificar seis e não mais quatro. Não pode. Poderia ser para o ano que vem, mas não para agora. E não pode permitir que se venda mando de jogo. Isso é uma coisa absurda. Isso interfere na parte esportiva. A CBF só determinou o fim disso agora", completou.

Atleta ameaçado

O presidente do Figueirense engrossou as críticas ao Palmeiras ao dizer que um dirigente do time alviverde forçou Renato, do Figueirense, a não entrar em campo com ameaças. Renato está emprestado pelo Palmeiras ao clube catarinense até dezembro. O assessor da presidência do Figueirense, Branco, já havia feito a acusação após o jogo.
"O atleta Renato nos procurou dizendo que o pessoal do Palmeiras ligou para ele na sexta. A ameaça era de que se ele entrasse em campo as portas estariam fechadas para ele. O jogador apresentava estado emocional bastante grave por conta disso", disse o dirigente.
"Tiramos o atleta da lista para o jogo para não se comprometer com sua equipe, até porque ele não teria condições emocionais de jogar essa partida", acrescentou.

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