Cuca troca pressão por carinho para reanimar Borja no Palmeiras
São cinco partidas sem balançar as redes. Consequentemente, a pressão sobre Miguel Borja excedeu. Maior investimento do Palmeiras para a temporada [R$ 35 milhões], o atacante colombiano agora conta com Cuca como um alicerce para encerrar o jejum e, enfim, embalar com a camisa alviverde. O treinador, a fim de buscar o melhor desempenho do camisa 12, troca a cobrança vista nos tempos de Eduardo Baptista por carinho no dia a dia.
Com apenas quatro dias de trabalho, Cuca já apela ao tratamento individual para acelerar a adaptação do centroavante ao futebol brasileiro. A começar por uma conversa em particular com Borja, ocorrida no início da semana, na Academia de Futebol.
A pressão sobre o atacante, até ressaltada pelo técnico Eduardo Baptista, que chegou a classificar o centroavante como alguém a ‘peso de ouro’, é ignorada por Cuca, que, no bate-papo com Borja, não tratou do desempenho abaixo do esperado do camisa 12.
“Quero deixar o Borja em campo o jogo todo. Quero que ele entre em campo sem medo de ser substituído”, afirmou Cuca, em entrevista concedida na última sexta-feira, antes de explicar o método utilizado para reanimar o colombiano durante a conversa ocorrida na semana.
"Imagina se você fosse lá para a Colômbia e chegasse como o grande nome, e não estivesse fazendo gols. Você ia estar pressionado, né? Lógico. Aí o treinador na Colômbia, os jogadores, iam ter de te acolher, ter paciência até você aprender a 'hablar un poquito', fazer uma 'jogadita' ou outra. Lá na Colômbia, você teria que 'dejar' todo dentro de campo. O que significa isso? Luta, entrega, porque daqui a pouco o homem lá de cima põe a mão e você faz o gol”, destacou, antes de dar um recado ao colombiano.
“Não se preocupe em ser artilheiro, ser o melhor; seja guerreiro, que ele vai te ajudar”, disse o treinador.
Este discurso de Cuca, no qual sentencia Borja em campo durante os 90min nestes primeiros jogos da nova passagem, se diferencia de Eduardo Baptista, com quem o atacante demonstrou atitudes irritadiças. O antigo técnico palmeirense cobrou publicamente uma entrega maior do centroavante na fase defensiva e não hesitava em sacar o camisa 12 de campo.
Nos últimos sete jogos com a camisa do Palmeiras, Borja fora substituído em cinco partidas; contra o Jorge Wilstermann-BOL, justamente no último jogo de Eduardo Baptista pelo Palmeiras, o colombiano começou no banco de reservas e entrou apenas no intervalo.
Cuca garantiu a presença de Borja e de outros nove atletas (Prass, Jean, Mina, Edu Dracena, Zé Roberto, Felipe Melo, Tchê Tchê, Guerra e Dudu) na partida contra o Vasco, marcada para este domingo, às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Róger Guedes e Willian disputam a última vaga no time titular.
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