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Coritiba vê STJD brando com Vasco e apela por revisão de pena a Kléber

Coxa ainda tem esperança de que o STJD aceite que Kléber converta parte da pena em multa - Guilherme Artigas/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Coxa ainda tem esperança de que o STJD aceite que Kléber converta parte da pena em multa Imagem: Guilherme Artigas/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

17/07/2017 21h04

O Coritiba protocolou no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) no final da tarde desta segunda-feira (17) um pedido para que o tribunal revise a pena imposta ao atacante Kléber, suspenso por 15 jogos após envolver-se em confusões no jogo contra o Bahia, em junho. Ele já cumpriu 4 jogos, mas ficará de fora por outros 11, retornando apenas em setembro.

Sem Kléber em campo, o Coxa venceu apenas uma partida na temporada: 2 a 0 sobre o PSTC no Paranaense. No último domingo sofreu 1 a 2 do Fluminense em casa, já com o jogador cumprindo suspensão.

No pedido, o Coxa alega que o tribunal agiu em contradição ao paralisar o julgamento para que o advogado Itamar Cortes, do próprio Coritiba, informasse aos superiores no clube a proposta de Felipe Bevilacqua, procurador, de pagamento de multa de R$ 235 mil e 7 jogos de pena. Inicialmente, Cortes só tinha autonomia para chegar até R$ 200 mil e 6 jogos, o que motivou uma recusa inicial. Quando da paralisação por sugestão de um dos auditores, Cortes conseguiu o aval do clube para aumentar os valores, mas Bevilacqua retirou a oferta, mesmo permitindo que o julgamento fosse parado para uma renegociação.

O Coxa quer que a procuradoria aceite a própria proposta que fez: 7 jogos e R$ 235 mil em multa, mesmo após a publicação de pena, o que é permitido pelo CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) em seu artigo 80-A, parágrafo 7º.

Para o diretor Ernesto Pedroso, o STJD carregou a mão com o Coxa e não teve o mesmo rigor em outros casos, como por exemplo na punição ao Vasco, fora de São Januário por seis jogos pelos incidentes contra o Flamengo. Ele comparou o caso com a punição de 30 jogos sofrida pelo próprio Coritiba em 2009. “Claro que os acontecimentos no Couto foram além, por conta do policiamento ausente. Mas tudo contra o Coritiba foram de forma inédita: é a pena maior, é o exemplo. Penas sempre inéditas no STJD. As coisas ficam difíceis pra gente por que, apesar de ter 100 anos de tradição, não tem essa representatividade (do Vasco)”, reclamou.

Pedroso entende que mais que o atleta, quem foi punido foi o clube. “Eles não penalizaram o Kléber, penalizaram o Coritiba. Nossa contratação mais cara, no auge da forma técnica. Não há justificativa. Podiam dar uma pena social, como réu confesso. Agora, o clube ser penalizado com 15 partidas... uma pena deste naipe... é difícil”, disse, consternado.