Topo

Libertadores - 2019

Corinthians vê baixo poderio de fogo no banco e se prepara para decidir nas bolas paradas

Alex comemora o gol contra o Vasco em 2011; meia é aposta para cruzamentos - Marcelo de Jesus/UOL
Alex comemora o gol contra o Vasco em 2011; meia é aposta para cruzamentos Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

22/05/2012 11h02

Por seus nove jogos anteriores na Copa Libertadores, o Corinthians tem pouco a crer que de seu banco de reservas pode sair a solução para a vitória sobre o Vasco, na quarta-feira, pela volta das quartas de final da Copa Libertadores. A bola parada, ponte forte do time de Tite desde o ano passado, surge como aposta para superar os cariocas.

CÁSSIO BRILHA EM TREINO DE PÊNALTIS; PAULINHO E JORGE HENRIQUE VÃO MAL

  • Reprodução de TV

    O Corinthians já se prepara para uma possível decisão por pênaltis, na partida contra o Vasco, pelas quartas de final da Libertadores. O time realizou treinos de pênaltis na tarde desta segunda-feira, e o goleiro Cássio se destacou. Ele defendeu dois de Jorge Henrique e dois de Paulinho.

Isso porque as opções ofensivas do técnico Tite brilharam pouco no torneio sul-americano.  Liedson, que começou como titular e até perdeu posição no time, anotou só um gol, em rebote de um pênalti perdido, em uma goleada por 6 a 0 contra o Deportivo Táchira. Willian, outro atacante, ainda não marcou na competição.

O meia Douglas,o mais criativo do banco, só fez gol em situação semelhante. No mesmo jogo, também de pênalti, no último tento da partida, nitidamente para haver revezamento de gols na equipe.

Além deles, apenas um dos reservas marcou no torneio, Élton, em triunfo por 3 a 1 sobre o Nacional, do Paraguai. Ele entrou quando o time vencia por 2 a 1 e marcou o terceiro, em ritmo tranquilo.

Apenas três dos 16 tentos do time no torneio vieram do banco, o que corresponde a 18,75%. Na conquista do Campeonato Brasileiro, com muito mais jogos, é verdade, 30% dos gols do time vieram dos jogadores que não eram considerados da formação ideal.


No treino tático de segunda-feira, o técnico Tite manteve a mesma formação que empatou sem gols no primeiro duelo contra o Vasco, no Rio, com dois meias, Danilo e Alex, e Jorge Henrique e Emerson na frente.

Treinou em campo reduzido, com curtos espaços. Mas dedicou muita atenção à bola parada. Depois do treino tático, fez diversas repetições de cobranças de faltas e escanteios, tanto da direita como da esquerda.

 

Alex foi o cobrador, e, pelo que foi treinado, Leandro Castán, Ralf, Paulinho, Danilo, Emerson e Jorge Henrique devem ser os homens a ser apostas pelo alto contra o time carioca.

“Boa bola”, gritou o treinador após uma jogada ensaiada funcionar e sair um gol de Jorge Henrique. E não ficou apenas nas jogadas ensaiadas. Enquanto este grupo fazia um trabalho à parte em um dos gols, o zagueiro Chicão praticou diversas cobranças de falto ao gol, em outro campo, junto do goleiro reserva Júlio César.

Mas a bola parada não vem sendo trabalhada somente para atacar, mas para também se defender. “Ela [bola parada] é muito importante, principalmente com jogadores que batem de forma diferente, como o Juninho [do Vasco]. Temos essa atenção sempre, e em alguns momentos um pouco mais. O Juninho é qualificado para bater em direção ao gol e na cabeça dos centroavantes. Trabalhamos muito isso para esse jogo”, falou o lateral Alessandro.