Medo de garrafada, tietes de Cassio e policial torcedor: a Libertadores nos bares de SP
O futebol das noites de quarta-feira caem bem com uma cervejinha e um petisco para acompanhar. Se for uma semifinal de Libertadores diante de um rival, o lazer ganha boas doses de emoção, provocações e há até quem dê uma escapadinha do trabalho para ver o time do coração.
Torcedores do Santos exibem bandeira e apoiam time antes em bar na Vila Madalena, Zona Oeste da capital
Corintianos comemoram gol de Emerson Sheik e aproveitam para tirar sarro de santistas
Na noite de quarta-feira na Vila Madalena, bairro boêmio da Zona Oeste de São Paulo, praticamente todos os bares e restaurantes exibiam telões e tvs em alta definição para transmitir o aguardado jogo entre Santos e Corinthians. A semifinal da Copa do Brasil entre Palmeiras e Grêmio ficou esquecida.
Na esquina da Rua Aspicuelta com Fidalga, corintianos e santistas se misturaram e deram origem a muitas provocações. No bar Seu Domingos, os alvinegros da capital se manifestaram logo na escalação, mas os santistas responderam à altura com um chapéu de Neymar e o grito 'Libertadores, o Corinthians nunca viu'.
Do outro lado da rua, o Quitandinha ficou repleto de santistas, já que o dono é torcedor do clube do litoral. Bandeiras, fogos e buzinas eram vistas e fizeram barulho antes do jogo, especialmente após a confirmação de que Paulo Henrique Ganso seria escalado após se recuperar de uma artroscopia no joelho direito.
Mas quem gritou, e alto, foi um corintiano após o golaço de Emerson Sheik ainda no primeiro tempo da Vila Belmiro. Os empresários Tiago Pasqualino e Luciana Helena Batista por pouco não arrumaram briga e ainda perderam a chance de tirar sarro e calar a maioria.
“Fiquei com medo de levar uma garrafada. Me olharam muito torto”, disse Tiago. “Quando você é minoria e ganha, você se sente por cima. Se sente um Super-Homem. Não estou vendo nem Neymar, nem o Ganso”, comemorou Luciana.
Em outro bar ali perto, a concentração era de corintianos e tinha até quem não pudesse trabalhar. Um policial que fazia a ronda na região não perdeu a chance de dar uma espiadinha na tv do Bar do Coutinho. Estacionou a viatura na portal do local e expôs seu nervosismo e a tensão.
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Nos bares do Itaim Bibi, outra região boêmia de São Paulo, os televisores de todos os bares e botecos também transmitiam o duelo entre o time de Muricy Ramalho e de Tite. No São Bento, os corintianos exageraram na comemoração e nos copos de cerveja.
“Tem santista aqui? Tem santista aqui?”, gritava um torcedor que entrou em discussão com os rivais. Ele precisou ser defendido por uma mulher que o acompanhava que apaziguou os ânimos.
As mulheres, por sinal, também chamaram a atenção pelos palpites sobre os times e comentários a respeito do corte de cabelo de Neymar ou até mesmo os dotes físicos e técnicos do goleiro Cássio.
“O Cássio é um charme com esse estilo argentino, mais bonito que o Neymar. E é muito bom goleiro. Está pegando tudo”, avaliou a fisioterapeuta Gabriela Lima que via o jogo com um grupo de amigas.
Sua amiga Tatiana Araújo reprovou o futebol e o novo corte de cabelos de Neymar. “Que cabelo horroroso do Neymar. E haja chapinha para ficar liso assim”, afirmou.
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