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Discreto em retorno ao Allianz, Valdivia ouve aplausos: "é um terror"

Jorge Valdivia reage ao segundo gol palmeirense durante duelo da Libertadores - Ale Cabral/AGIF
Jorge Valdivia reage ao segundo gol palmeirense durante duelo da Libertadores Imagem: Ale Cabral/AGIF

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

03/10/2018 23h46Atualizada em 01/08/2019 17h24

Um dos atrativos do jogo entre Palmeiras e Colo Colo nesta quarta-feira (3) foi a presença de Jorge Valdivia. O chileno teve atuação discreta na classificação alviverde à semifinal da Libertadores e precisou se contentar em ouvir aplausos de boa parte da torcida alviverde quando teve seu nome anunciado no telão. Depois, já com a partida encerrada, retribuiu com um aceno aos que gritavam "eo, eo, o Valdivia é um terror". Na coletiva, disse que toparia voltarpara a Academia de Futebol.

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Na hora do hino nacional, ficou calado e se virou para observar todos os cantos do estádio cumprindo o ritual de cantar "meu Palmeiras". Depois, cumprimentou um a um os atletas do time brasileiro, sem muita festa. É a segunda vez que ele atua no estádio depois de deixar o Alviverde. Antes, tinha defendido o Chile contra o Brasil nas Eliminatórias da Copa da Rússia.

"É parte da nossa profissão. Você vem aqui e trata de ganhar, claro. Agora, o futebol é assim. Ganha e perde e lamentavelmente eu perdi as últimas vezes que eu vim aqui. Mas é futebol. Eu vou embora triste, porque fomos eliminados, mas orgulhoso de estar neste grupo de jogadores. O carinho das pessoas, eu sabia. Estive anos aqui, bons e maus, mas colocando tudo na balança, são coisas mais positivas do que negativas. Fico contente pelo carinho que recebi não só hoje, mas durante a semana", disse o atleta em coletiva de imprensa após o jogo.

Com a bola rolando, se irritou com os erros de seus companheiros e com as próprias tentativas frustradas de infiltrações. Quando desceu ao vestiário após o apito que terminou o primeiro tempo, o camisa 10 mostrava sinais de desânimo com o placar: 1 a 0 com um golaço de Dudu. Cabisbaixo, ele nem trocou olhares com a "Turma do Amendoim", que fica bem em cima do túnel.

O Colo Colo voltou para o segundo tempo apostando todas as suas fichas em Barrios e não teve resultado. Valdivia esfregou o rosto quando viu o árbitro Wilmar Roldán marcar o pênalti para o Palmeiras. Colocou as mãos na cintura quando Borja converteu.

Apesar do aparente desânimo de sua equipe com a derrota de 4 a 0 no placar agregado, o chileno tentou buscar algumas bolas. Ameaçou driblar Thiago Santos, mas sofreu com a marcação quase que individual. Nas vezes que caiu no gramado, não ameaçou reclamar.

Quando o cronômetro já passava dos 30 minutos do 2º tempo, o meio-campista começou a mostrar sinais de desânimo. Enquanto viu o seu goleiro se preparar para bater o tiro de meta, foi até Barrios, conversou com o atacante e depois levantou o ombro querendo dizer: "E o que podemos fazer?". Aos 42, tentou um chute na entrada da área, mas foi travado. No fim, não fez nada. O Palmeiras passou sem problemas pelo Colo Colo.