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Técnico do Boca ignora chance de "tapetão" e diz que final terminou

Schelotto lamentou o resultado para o maior rival na final da Copa Libertadores - Gabriel Bouys/AFP
Schelotto lamentou o resultado para o maior rival na final da Copa Libertadores Imagem: Gabriel Bouys/AFP

João Henrique Marques

Colaboração para o UOL, em Madri (Espanha)

09/12/2018 21h37

O Boca Juniors prometera antes mesmo da final deste domingo (9) contra o River Plate, que terminou com o quarto título de Copa Libertadores dos millonarios, recorrer à Justiça para ficar com o troféu, em virtude do ataque sofrido no último dia 24, quando a delegação chegava ao Monumental de Nuñez. Derrotado em campo no Santiago Bernabéu, o técnico Guillermo Barros Schelotto decretou fim da disputa "interminável" contra o maior rival. Assista aos gols do título do River.

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Em entrevista coletiva concedida depois da partida em Madri, o treinador xeneize contradisse a promessa do próprio departamento jurídico. Schelotto espera que toda a confusão ocorrida na decisão, após ataque ao ônibus do Boca na chegada ao Monumental de Nuñez, sirva de exemplo para a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).

"Por mim, esta final está terminada. Seria bom se a Conmebol e o futebol sul-americano tomem alguma medida. Não pode acontecer de novo o que aconteceu no outro dia, que ataquem um ônibus rival. No nosso país [Argentina], disseram que é normal que atirem pedras a um ônibus. Não é normal. Espero que as coisas mudem", declarou o comandante do Boca

Decretado o destino do Boca, agora vice-campeão da América do Sul, Schelotto usou a entrevista para lamentar e agradecer. A tristeza pela derrota para o maior rival logo na decisão só contrastou com a satisfação pelo desempenho do elenco.

"A única coisa que sinto é tristeza por não ganhar a Copa Libertadores e não entregar o troféu para os torcedores do Boca Juniors", acrescentou o treinador, que viu equilíbrio na decisão.

"A verdade é que me senti identificado com este grupo e tratei de agradecer de coração. Eles deram tudo: não há reprovação e nada do que se guardar. As finais são assim, você ganha uma ou perde; acabamos perdendo. Foi muito equilibrado", finalizou.