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Corinthians e Santos somam polêmicas como "Chupa Léo" e chapéu em Chicão

Confusão generalizada em 2012, no primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores - Fernando Donasci/UOL
Confusão generalizada em 2012, no primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores Imagem: Fernando Donasci/UOL

Gustavo Franceschini e Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo

10/05/2013 06h00

Se não bastasse o histórico de confrontos recentes entre Santos e Corinthians, a final do Paulista também deve acirrar os ânimos dos dois lados. Dominantes no futebol paulista há cinco anos, os rivais fizeram encontros decisivos e muito polêmicos, com direito a chapéu de Neymar em Chicão, bronca no craque santista e o episódio do “Chupa Léo”.

Todas elas envolvem diretamente alguns personagens do jogo que, a partir do próximo domingo, decidirá o Campeonato Paulista deste ano. Alguns desses personagens, como Chicão, Alessandro, Léo e Neymar, estão desde o início dessa rivalidade direta entre os dois times, que foi ganhando mais e mais ingredientes ao longo dos anos.

O primeiro grande incidente foi em 2010, em um dos primeiros grandes jogos da era Neymar. No Paulista daquele ano, o hoje consagrado craque santista decidiu diante do Corinthians, na Vila Belmiro, acompanhado de Ganso e André, os outros “Meninos da Vila”.

Em um lance isolado e já paralisado pela arbitragem, ele aplicou um belo chapéu em Chicão e, mais tarde, disse que fez aquilo por que teve vontade. O experiente zagueiro se irritou e a rivalidade foi instalada.

O Santos seria campeão paulista, mas meses depois, os dois times se encontraram de novo no Brasileirão, desta vez com vitória de 4 a 2 do Corinthians. Na comemoração de um dos gols, Ralf conseguiu a desforra e comemorou imitando um pescador, brincando com a mascote da equipe praiana.

A rivalidade entre os dois elencos viria à tona novamente em 2012. A disputa da semifinal já teve seus momentos de tensão, especialmente quando Emerson foi expulso na Vila Belmiro, depois de Neymar ter dado entrada violenta parecida com a do corintiano e ter saído ileso de campo.

LONGE DOS GRAMADOS, CORINTIANOS E SANTISTAS VIVEM EM HARMONIA

  • Fernando Donasci/UOL

    Em campo, santistas e corintianos já tiveram vários momentos de estresse e provocação. Fora dele, no entanto, os jogadores costumam separar. Neymar, por exemplo, era amigo de Dentinho e é muito próximo de Alexandre Pato.

    Em março deste ano, por exemplo, a reportagem do UOL Esporte encontrou com Neymar e Emerson Sheik no restaurante Paris 6, tradicional ponto de encontro de boleiros em São Paulo. Leia mais da conversa aqui.

As confusões “explodiram”, no entanto, no confronto seguinte, pelo Brasileiro. Em casa, o Santos venceu por 3 a 1 com direito a um gol de André com três impedimentos no mesmo lance. Depois do jogo, Paulo André disse que Neymar era “cai-cai” e Tite falou em “mau exemplo” para os jovens.

As declarações não caíram bem no time praiano. Neymar disse ter a “consciência tranquila” e Rafael rebateu o zagueiro quando ele simulou em um lance com Luis Fabiano. Quando Léo entrou em cena, a disputa extracampo ficou ainda maior.

Quando o Corinthians embarcou para o Japão, a festa da torcida no aeroporto ganhou as manchetes pela confusão criada. O veterano lateral teorizou: “Quem está acostumado com rodoviária, não pode ir a aeroporto”.

Os corintianos se revoltaram. Emerson rebateu de forma cifrada antes mesmo do torneio. Após o título, Fábio Santos soltou um “Chupa Léo” no meio de uma entrevista ao vivo. Na chegada ao Brasil, a expressão foi muito usada pelos corintianos na comemoração.

Desde então, os dois lados tentam colocar panos quentes. Léo disse que a polêmica foi superada. Fábio Santos revelou que os dois lados se cumprimentaram  no encontro da primeira fase do Paulista. Nas entrelinhas, porém, não é difícil perceber o clima tenso.

“Aquela eliminação [do ano passado]está engasgada ainda. Nos tirou a possibilidade de ganhar de novo a Libertadores, se a gente passasse era um passo importante para o título. Ficou marcado”, disse Edu Dracena, capitão santista, ao Lance!.

“Pode ser que algum outro jogador pense assim [em revache]. Teve declarações quando a gente estava no Mundial que foram desnecessárias. Se eles estão engasgados ou não, o problema é deles”, rebateu Cássio.