Presidente da Federação Sérvia sobe o tom e acusa Fifa: "Roubo brutal"
A derrota para a Suíça, com provocação política e um reclamado erro da arbitragem, mexeu com os nervos dos sérvios. Em entrevista à rede britânica BBC, o presidente da federação local, Slavisa Kokeza, subiu o tom das críticas à Fifa e falou em um "roubo brutal" para a Suíça.
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"Eu não acho que o problema está apenas no VAR. Foi tudo direcionado pelas pessoas que escolhem os árbitros. Está claro para a Europa e para o resto do mundo que a Sérvia foi brutalmente roubada. Não espero que a Fifa tome alguma atitude em relação a esse roubo brutal, porque, repito, foi tudo direcionado", atacou o dirigente.
A reclamação é quanto a um lance em que o atacante Mitrovic foi segurado por Schar e por Lichtsteiner ao mesmo tempo. Espremido entre os dois, sem conseguir se deslocar, ele cabeceou sem força uma bola levantada na área após cobrança de escanteio. O lance aconteceu quando o jogo de sexta-feira estava 1 a 1 e o árbitro alemão Felix Brych não acionou o auxiliar de vídeo. Assim, o pênalti não foi marcado e a Sérvia perdeu a oportunidade de fazer 2 a 1 - depois, levaria a virada no finalzinho.
A tese levantada por Kokeza é que a Fifa já não deveria ter escalado Brych para ser o árbitro principal. "Todos sabemos que mais da metade da população da Suíça é alemã. Membros da comissão técnica, jogadores, a população da Sérvia, todos estão muito desapontados pela injustiça causada por algumas pessoas da Fifa", criticou.
O cartola ainda atacou as comemorações de Shaqiri e Xhaka, que fizeram o símbolo da Albânia, numa provocação à Sérvia. Para Kokeza, o ato dos dois foi "escandaloso e vergonhoso". "Isso deve ser condenado por todo o futebol. Não foi uma única provocação. Outro detalhe suficiente foi a chuteira de um dos jogadores com a bandeira de um país que não existe', reclamou Kokeza, criticando a chuteira de Shaqiri, que tem a bandeira do Kosovo, país reconhecido pela Fifa e pela ONU, mas não pela Sérvia.
Ainda no sábado, a Fifa anunciou que seu Comitê Disciplinar abriu processo para investigar os dois jogadores suíços de origem albanesa. Mas não só eles. Também estão na mira da Fifa o técnico da Sérvia, Mladen Krstajic, que atacou a Fifa e reclamou do VAR no Instagram, e a própria Associação de Futebol da Sérvia, por conta da presença, no estádio, de torcedores com camisa defendendo o ex-líder Ratko Mladic, condenado por genocídio.
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