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Brasil põe à prova nas quartas status de favorito que menos sofreu na Copa

Neymar celebra o gol marcado na partida do Brasil contra o México - Getty Images
Neymar celebra o gol marcado na partida do Brasil contra o México
Imagem: Getty Images

Bruno Grossi e Thiago Rocha

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/07/2018 19h00

A Copa do Mundo da Rússia se tornou um martírio para os favoritos ao título. A Alemanha caiu na fase de grupos, Argentina, Espanha e Portugal foram eliminados nas oitavas de final. A França ganhou moral, mas penou até embalar. Já a Bélgica salvou-se no último minuto em uma partida que perdia por 2 a 0. A exceção é a seleção brasileira.

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A equipe treinada por Tite pode se gabar de ser o favorito que menos sofreu em seus quatro jogos neste Mundial. Entre os países já classificados às quartas de final (as últimas duas vagas serão preenchidas nesta terça-feira), o Brasil não saiu atrás do placar nos quatro jogos que disputou, assim como o Uruguai, que em compensação passou aperto para eliminar os portugueses nas oitavas. 

A estreia contra a Suíça (empate em 1 a 1) foi o duelo em que a seleção mais encontrou dificuldades para impor o seu estilo de jogo. Nas vitórias contra Costa Rica e Sérvia, ambas por 2 a 0, a postura dominante assegurou o Brasil como líder do Grupo E, com sete pontos.

Nas oitavas de final contra o México, nesta segunda-feira (2), em Samara, a seleção brasileira encarou problemas para se livrar da marcação no início do primeiro tempo, mas teve calma para esperar o rival perder intensidade e se impôs. A vitória, também por 2 a 0, garantiu vaga nas quartas do Mundial, contra a Bélgica, na próxima sexta-feira (6), em Kazan.

Um dos pilares do sucesso dos comandados por Tite na Rússia é a defesa. O Brasil sofreu apenas um gol no torneio, e o goleiro Alisson foi ameaçado por apenas cinco finalizações certas em quatro partidas.

O Brasil de Tite também sobra em outras estatísticas coletivas. É a seleção que mais arrisca chutes (77, empatada com a Bélgica) e tenta dribles (143, com 78 certos). Até o momento, foi a segunda a criar mais chances de gol: 73, duas a menos que a eliminada Alemanha. A seleção também é vice-líder em recuperação de bolas: 183, contra 186 da Rússia.

Belgas e franceses se salvam, mas sem sobrar

Os belgas passaram pela fase de grupos com 100% de aproveitamento, mas golearam dois rivais muito inferiores tecnicamente (Panamá e Tunísia), venceram a Inglaterra em jogo morno, recheado de reservas em campo, e sofreram com os japoneses, que souberam explorar os defeitos do próximo rival do Brasil e quase aprontaram mais uma zebra nesta Copa.

A dificuldade em deslanchar no Mundial também se aplica à França, que suou para bater Austrália e Peru, deu sorte de não perder para a Dinamarca, mas recuperou o moral após eliminar a Argentina de virada nas oitavas.

Nas quartas de final, os atuais vice-campeões europeus enfrentarão o Uruguai, também na próxima sexta, em Nizhny Novgorod. O vencedor pegará Brasil ou Bélgica por uma vaga na decisão da Copa da Rússia.