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Apesar do impasse 'Traffic-R10', Patricia projeta renovação com patrocinador

A presidente Patricia Amorim tenta contornar a crise envolvendo R10 nos bastidores - Maurício Val/ VIPCOMM
A presidente Patricia Amorim tenta contornar a crise envolvendo R10 nos bastidores Imagem: Maurício Val/ VIPCOMM

Vinicius Castro

No Rio de Janeiro

20/11/2011 06h10

A situação dos salários atrasados de Ronaldinho e os ajustes no contrato envolvendo Flamengo e Traffic ainda estão longe do fim. As rodadas de negociações seguem, mas o fato de a empresa de marketing esportivo requisitar lucros superiores ao acordado no memorando inicial emperra o processo.

Mesmo assim, o clube da Gávea não quer atrasar as renovações com patrocinadores para o próximo ano. Apesar da relação estremecida com a P&G após Ronaldinho ter se recusado a usar uma camisa comemorativa na quinta-feira, as conversas continuam. O camisa 10 também viajou com um uniforme diferente para Goiânia, sem as marcas do patrocinador master. Inicialmente, a ideia era anunciar a renovação no aniversário do clube, último dia 15.

Embora mantenha sigilo absoluto, a Procter & Gamble formalizou proposta de R$ 18 milhões para o ano de 2012 antes de todo o imbróglio. Como deseja outros espaços para expandir a divulgação das marcas Gillette e Duracell, o Flamengo acenou com a possibilidade de ceder três modalidades por mais R$ 2,4 milhões: futsal, futebol society e beach soccer.

“As coisas estão caminhando. Damos prioridade para quem está aqui. A ideia do Flamengo é renovar com a P&G. Esperamos deles o mesmo interesse. Estamos conversando bastante. Sinto uma reciprocidade nesse sentido”, afirmou a presidente Patricia Amorim ao UOL Esporte.

A mandatária descartou problemas com a Traffic no caso de uma possível renovação com o atual patrocinador. De acordo com o novo contrato envolvendo Ronaldinho, a empresa terá a sua parcela mesmo não intermediando a negociação.

“O nosso patrocinador sabe que existe a Traffic no processo. Isso é uma coisa muito clara. Se renovarmos, a Traffic terá a participação dela, mas lógico que isso está ligado a normalizar a situação do Ronaldinho, os novos contratos. Uma coisa estruturada e bem consciente de todas as partes”, explicou, acrescentando sobre o impasse no caso “Traffic-R10”.

“O Flamengo fez uma grande negociação com o Ronaldinho. Eles superestimaram. Estamos procurando ajudar a Traffic na resolução da situação e estudando possibilidades para que a empresa também seja parceira em outras questões. Eles querem melhorar o contrato para eles e dentro do possível vamos tentar ajudar. Está avançando, mas é difícil mesmo”, finalizou.