Demissões de técnicos já custaram ao Chelsea mais de R$ 270 milhões na era Abramovich
Sete treinadores em oito anos. Números que sugerem a rotina de um clube brasileiro. Mas a estatística pertence ao Chelsea, que com a demissão do italiano Roberto Di Matteo aumenta uma lista de degolados por seu temperamental dono, o oligarca Roman Abramovich, reforçando a piada de que há uma porta giratória instalado no escritório reservado aos treinadores no centro de treinamento do clube. Sem pudores de intervir, Abramovich parece não se incomodar com o fato de já ter gastado, segundo estimativas da mídia inglesa, quase US$ 130 milhões (R$ 271,1 milhões) em pagamentos de indenizações e multas aos técnicos demitidos.
TREINADORES NA ERA ABRAMOVICH
Período | Títulos | |
Claudio Ranieri | Estava no clube quando Abramovich assumiu e foi demitido em junho de 2004 | Nenhum |
José Mourinho | Junho de 2004 a setembro de 2007 | 2 Campeonatos Inglês, 1 Copa da Inglaterra e 1 Taça da Liga Inglesa |
Avram Grant | Setembro de 2007 a maio de 2008 | Nenhum |
Luiz Felipe Scolari | Junho de 2008 a fevereiro de 2009 | Nenhum |
Guus Hiddink | Fevereiro de 2009 a maio de 2009 | 1 Copa da Inglaterra |
Carlo Ancelotti | Junho de 2009 a maio de 2011 | 1 Campeonato Inglês e 1 Copa da Inglaterra |
André Villas-Boas | Junho de 2011 a março de 2012 | Nenhum |
Roberto Di Matteo | Março de 2012 a novembro de 2012 | 1 Liga dos Campeões e 1 Copa da Inglaterra |
A lista de beneficiados, por sinal, inclui Luiz Felipe Scolari, que ocupou o cargo entre julho de 2008 e fevereiro de 2009. O clube na verdade, teve oito técnicos desde a chegada de Abramovich, em 2003, mas o holandês Gus Hiddink, que substituiu Felipão, aceitou apenas cumprir um mandato-tampão e manteve seu vínculo com a seleção russa.
Enquanto a passagem do brasileiro ficou mais marcada pelos problemas de relacionamento com os jogadores do que vitórias, outros treinadores ganharam o bilhete mesmo depois de trazer troféus para Stamford Bridge.
O português José Mourinho, por exemplo, deu ao Chelsea o título inglês que o time do oeste de Londres não conquistava desde 1955, mas bateu de frente com Abramovich.
O italiano Carlo Ancelotti foi campeão inglês e da Copa da Inglaterra, em 2010 e recebeu a notícia de sua demissão ainda nos corredores do estádio após a última partida da temporada. Agora foi a vez de Di Matteo, cujo reinado durou apenas oito meses, apesar de o Chelsea ter conquistado a Liga dos Campeões, o troféu pelo qual o russo é obcecado, sob seu comando.
Abramovich não se contenta em rescindir os contratos que faz. Em 2011, encantado pelo trabalho de André Villas-Boas no Porto, pagou ao clube português US$ 22,4 milhões (R$ 46,8 milhões) a título de clausula rescisória.
Villas-Boas ficou apenas sete meses no cargo, custando ao clube o equivalente a quase US$ 21 mil (R$ 43,8 mil) por minuto de trabalho. Di Matteo, auxiliar do português e promovido ao posto principal, só não pode dizer que foi pego desprevenido.
Se os gastos com treinadores parecem exorbitantes, eles são despesas corriqueiras perto do que o clube paga aos jogadores. O balanço mais recente do clube, ainda relacionado à temporada de 2010/11, revela que a folha salarial do período foi de US$ 305 milhões (R$ 637,4 milhões).
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