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Caso Daniel: "A cada momento, o Juninho monta uma história", diz delegado

Juninho é acusado pelo delegado de cair em muitas contradições nos depoimentos - Reprodução
Juninho é acusado pelo delegado de cair em muitas contradições nos depoimentos Imagem: Reprodução

Bruno Abdala

Colaboração para o UOL, de São José dos Pinhais (PR)

09/11/2018 11h02

O delegado Amadeu Trevisan, responsável pela investigação do assassinato do jogador Daniel Corrêa, voltou a rechaçar na manhã desta sexta-feira (09) a possibilidade de uma tentativa de estupro por parte da vítima e afirmou que Edison Brittes Júnior, principal suspeito pelo crime, caiu em contradições durante depoimento.

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“O que a gente observa é que a palavra do indiciado se desmantelou, se desmanchou, porque a cada momento que a polícia descontrói uma fala dele ele monta uma outra história. Essa já é a quarta história que ele monta”, afirmou.

Conhecido como Juninho, o principal suspeito pela morte do jogador voltou a afirmar em depoimento que matou Daniel para defender a mulher, Cristiana Brittes, que supostamente teria sofrido uma tentativa de estupro pela vítima. Edison, Cristiana e Allana, filha do casal, estão presos na Penitenciária de Piraquara, também na Região Metropolitana de Curitiba.

“Tenho certeza de que não houve estupro, que se essa mulher tivesse gritado mais pessoas teriam ouvido. Tenho certeza de que se essa mulher acordasse da embriaguez, com o Daniel, ela poderia ter pulado a janela. Ficou evidenciado nos autos que ela estava embriagada e que só o indiciado ouviu ela gritar socorro”, disse Trevisan.

Na última quarta-feira, Claudio Dalledone Júnior, advogado da família Brittes, voltou a afirmar que houve tentativa de estupro por parte do jogador. Essa é uma das principais linhas da defesa, afirmando que Juninho agiu sob ódio ao supostamente ter visto Daniel “em cima da mulher dele, com o pênis roçando nela”, como disse Dalledone durante a semana.

Mais três pessoas devem ser ouvidas pela polícia nesta sexta: Igor King, 19 anos; Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, 19; e David Willian Villeroy da Silva, 18. O trio é suspeito de participar das agressões contra Daniel e de estar junto com Juninho no carro que levou o jogador até a zona rural de São José dos Pinhais.