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Caso Daniel

Justiça marca data para ouvir família Brittes e testemunhas em caso Daniel

Karla Torralba

Do UOL, em São Paulo

23/01/2019 19h15Atualizada em 19/02/2019 17h11

Em decisão nesta quarta (23), a Justiça do Paraná marcou a data da audiência de instrução de julgamento do caso Daniel. Os três integrantes da família Brittes, mais três réus presos acusados de envolvimento na morte do jogador, e testemunhas de acusação e defesa serão ouvidos daqui a um mês e depois disso será decidido se os acusados vão a júri popular. 

A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais (PR), ouvirá réus e testemunhas a partir de 27 de fevereiro, em sessões da cidade paranaense. 

A audiência de instrução funciona para que a Justiça decida se os réus irão a júri popular pela morte do jogador. Os réus Edison Brittes Júnior, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Ygor King, David Vollero e Eduardo da Silva, presos preventivamente por envolvimento na morte de Daniel, falarão à Justiça na ocasião.

"Designo para o dia 27 de fevereiro de 2019, bem como os dias subsequentes (28 de fevereiro e 1 de março de 2019), se necessário, para a realização da audiência de instrução, oportunidade em que serão inquiridas as testemunhas arroladas na denúncia, as testemunhas arroladas pelas defesas e, ainda, realizados os interrogatórios dos réus", diz o despacho da juíza.

Entre as testemunhas de acusação estão a mãe de Daniel, Eliana Correa; e outros familiares do jogador; a mãe da filha pequena da vítima; o delegado do caso Amadeu Trevisan; investigadores e amigos do atleta. 

Além dos réus presos, Evellyn Perusso, "ficante" de Daniel na noite anterior ao crime e ré por supostamente ter mentido em depoimento à polícia e por isso ter atrapalhado o curso do processo, também falará. 

Depois de réus e testemunhas serem ouvidos, o promotor do caso João Milton Salles e o assistente de acusação Nilton Ribeiro, advogado da família de Daniel, terão cinco dias para apresentar alegações finais. 

As defesas dos acusados terão mais cinco dias para também fazer alegações. Após de a juíza decidir se o caso irá a júri popular, as defesas poderão recorrer ou não. 

Em contato com o UOL, o advogado de defesa da família Brittes, Claudio Dalledone Júnior, explicou que pediu adiamento da audiência por coincidir com dias em que estará em outros compromissos profissionais fora de São José dos Pinhais. 

O advogado de Evellyn Perusso, Luis Roberto Zagonel, afirmou que "desde a resposta da acusação estamos demonstrando a inocência da Evelyn e a inocência se confirmará ao longo da instrução processual que está por vir". 

Rodrigo Faucz Pereira e Silva, que faz a defesa de David Vollero e Ygor King, disse que não irá se manifestar.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Eduardo da Silva e atualizará a matéria assim que se manifestar. 

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