Após polêmica, ata do BMG com valor de patrocínio ao Corinthians sai do ar
Uma ata de reunião do Conselho Administrativo do banco BMG causou polêmica na manhã desta sexta-feira (25), ao falar em R$ 12 milhões anuais em patrocínio ao Corinthians - não os R$ 30 milhões que o clube tem sustentado. O documento esteve disponível ao público no site do patrocinador, mas saiu do ar após a repercussão do caso.
Datada do último dia 15, a ata esteve publicada na área de "governança corporativa" do site do BMG. O documento delibera que, na contratação do patrocínio à camisa do Corinthians, "deverão ser observadas as seguintes condições comerciais: taxa mínima de patrocínio no valor de R$ 12 milhões por ano", além da "taxa variável de patrocínio equivalente a 50% do resultado financeiro líquido auferido pelo Banco BMG com a contratação de referidos produtos". A reunião dos conselheiros administrativos do banco serviu para autorizar a diretoria a negociar com o Corinthians nestes termos, com estes valores.
O Corinthians diz desconhecer a ata e mantém sua versão original. "O valor médio calculado da parceria é de R$ 42 milhões, e nós já recebemos R$ 30 milhões", afirma o diretor financeiro do clube, Matías Romano Ávila. "São R$ 24 milhões de patrocínio, e R$ 6 milhões de luvas. Se não acontecer nada este ano, se não abrir uma única conta no aplicativo, ainda assim nós lucramos R$ 30 milhões. No ano que vem, a mesma coisa", diz.

O acordo com o BMG prevê um valor fixo de patrocínio - uma espécie de "piso" de pagamento - somado a participações sobre os lucros do aplicativo "Meu Corinthians BMG", a ser lançado em breve. Nesta plataforma online, o banco pretende disponibilizar produtos e serviços exclusivos para os corintianos, como poupança, investimentos, empréstimos e cartões de crédito. A cada três meses estão previstas auditorias para calcular os lucros destes produtos, dos quais 50% será repassado ao Corinthians. É sobre este aditivo que Matías Ávila calcula os possíveis R$ 42 milhões.
Desde o anúncio do patrocínio, o clube fala em R$ 30 milhões de "adiantamento" por parte do banco, o que segundo o diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, seria uma prova "da crença do banco de que a parceria dará certo" (assista no vídeo abaixo). O valor foi repetido pelo clube na entrevista coletiva que deu detalhes sobre o acordo, na última terça-feira (22).
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