Os fãs de futebol mais antigos escalam a formação original do Mesa Redonda como escalariam a seleção de 1970 ou o Santos de Pelé e Coutinho: Milton Peruzzi, José Italiano, Peirão de Castro, Roberto Petri e Dalmo Pessoa. A primeira exibição do programa (que está no ar até hoje na TV Gazeta) foi em março de 1970. Quase 50 anos depois, apenas os dois últimos estão vivos.
O mais velho entre eles é Petri, de 83 anos. Ele é o antecessor de Roberto Avallone na apresentação do programa que consolidou uma linguagem em vigor até hoje. Esteve em quase 20 veículos de imprensa como narrador, comentarista, repórter e até analista do futebol argentino. TV aberta e por assinatura, rádio, jornal e revista. Já não trabalha há dez anos, desde que perdeu tragicamente sua esposa e uma filha e sofreu dois AVCs. Ele ainda pensa em voltar aos microfones, mesmo com o legado já consolidado no esporte e no jornalismo em 57 anos de carreira.
Parte desse legado é ter lançado Galvão Bueno na TV, por exemplo. Mas a história de Roberto Petri vai muito além disso. E aqui, ao UOL Esporte, ele revisita sua vida e carreira. Sentado na confortável poltrona de uma casa de repouso onde ele mesmo escolheu morar para o resto de seus dias, ele sorri, se emociona e conta histórias como se tivessem acontecido ontem.
Quero viver bem. Chega uma hora em que o cara quer descansar, ter mais sossego na vida. Eu estou satisfeito assim.