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"Se for para andar de carro blindado e segurança, vou embora", diz palmeirense Barcos

Barcos comemora gol de empate do Palmeiras na partida contra o Botafogo   - Ricardo Nogueira/Folhapress
Barcos comemora gol de empate do Palmeiras na partida contra o Botafogo Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

07/11/2012 11h35

Principal jogador do Palmeiras na temporada, o atacante argentino Hernan Barcos se posicionou fortemente contra os torcedores que querem usar a intimidação para pressionar atletas do elenco.

O artilheiro ameaçou até sair caso receba fortes ameaças e tenha que andar cercado por seguranças para sua proteção. “Não mudei nada nisso. É para eu viver assim, com carro blindado, segurança, com arma? Eu vou embora”, disse Barcos sobre as ameaças.

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“Também não é assim. No Equador eu também sofri ameaças, iam sequestrar a minha filha e eu mudei de bairro, de coisas, mas a gente sempre tenta solucionar. Eu sempre tento de encontrar a solução. Se me ameaçam, eu tratarei de cuidar, mas não vou andar com segurança, com carro blindado”, continuou.

O atacante ainda não quis confirmar se continuará ou não no time em 2013 caso a equipe seja rebaixada. “Não posso falar que vou ficar, aí amanhã o clube me vende. Vou ficar de mentiroso?”, questionou.

Na última terça-feira, o técnico da equipe, Gilson Kleina, confirmou, sem citar nomes, que há jogadores que não querem mais jogar por supostas ameaças.

“Isso é um problema que temos administrar. Pela situação que nos encontramos, com isso, fica muito mais difícil. Não estou sabendo quem são os jogadores, mas chegou essa informação com muita propriedade. Me falaram ´Kleina, tem jogadores sendo ameaçados, o presidente está sendo ameaçado”, falou o técnico.

"Precisamos apurar bem os fatos. Vamos conversar com os atletas, eu ainda não sei quem são. Chegaram essas informações pra mim. Precisamos ver quem são os jogadores e de que forma vão reagir."

O clube vai pedir um reforço na cidade de Presidente Prudente, no domingo, para o duelo contra o Fluminense. No entanto, não foi definida a logística para a viagem. Só se sabe que não será em voo fretado. Será definido ainda se será sábado ou sexta-feira.

O jogo é decisivo. Uma combinação de resultados pode decretar a queda da equipe paulista. Se sobreviver aos líderes, o Palmeiras ainda terá que vencer o Flamengo, no Rio de Janeiro, o Atlético-GO, em São Paulo, e o Santos, na Vila Belmiro.

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