Atlético-MG defende 'hegemonia estadual' em 2012 contra arquirrival Cruzeiro

A temporada de Atlético-MG e Cruzeiro se inverteu ao longo dos 12 meses de 2012. O alvinegro mineiro começou o ano sob protesto dos torcedores, resquício ainda da goleada por 6 a 1, para o maior rival na última partida do ano passado, enquanto o time celeste ainda vivia a euforia de ter se salvado do rebaixamento. Porém, a diferença das campanhas mudou o cenário nos clubes, que passou a ser de pressão para o lado azul e de felicidade e hegemonia para o atleticano.

Para fazer valer a hegemonia ao longo da temporada e o melhor momento, o Atlético busca a vitória para conseguir a vaga direta na Libertadores. Porém além dos três pontos, ainda necessita do tropeço do Grêmio diante do Internacional. Além disso, para confirmar a superioridade em relação ao Cruzeiro, a equipe alvinegra terá de quebrar uma escrita de cinco jogos sem vitória. O último triunfo aconteceu em 8 de maio de 2011, por 2 a 1, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro. Depois, foram cinco duelos: três vitórias celestes e dois empates.

“Temos de respeitar o nosso adversário, é um time de qualidade, que hoje tem menos objetivos que a gente, mas que vai querer vencer a todo custo. Temos cinco jogos que não vencemos o Cruzeiro, mas vamos jogar em casa, temos de ir com tudo para vencer e tentar ficar com o segundo lugar”, disse o volante Richarlyson.

O argentino Montillo, ídolo celeste, reconhece o favoritismo do time atleticano, pelo bom momento que o rival vive na temporada. Para ele, não importa o que a equipe alvinegra busca, o Cruzeiro vai tentar a vitória no clássico.

“Eles fizeram um ótimo campeonato, estão de parabéns. Para nós, não importa se vão entrar na fase de grupos direto. Quero conseguir os pontos, o objetivo final é conseguir os 55. Nosso objetivo é esse. Se deixar o Atlético na terceira posição, tudo bem, mas sou um cara que respeita a posição do outro lado”, disse o armador.

O ano atleticano foi de muitas alegrias. O time conquistou invicto o título do Campeonato Mineiro, foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, mas superou conseguindo uma boa campanha no Campeonato Brasileiro, brigando até o final pelo sonho de ser campeão.

Além disso, a diretoria montou uma equipe que agradou aos torcedores, contratando o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, o atacante Jô e o goleiro Victor. Já o Cruzeiro fracassou tanto nas quatro linhas, como na montagem do grupo.

O time celeste foi eliminado nas semifinais do Campeonato Mineiro, das oitavas da Copa do Brasil e não conseguiu alcançar o objetivo de conquistar uma vaga na Libertadores. Além disso, sofreu com as contratações frustradas durante todo o ano.

Favoritismo

O favoritismo é descartado no lado atleticano, enquanto o time celeste admite a superioridade do rival. Apesar da grande diferença de campanha ao longo de todo o ano, os jogadores alvinegros mostram respeito e principalmente temor em relação ao maior rival.

Isso porque o Cruzeiro chega para o clássico motivado pelas vitórias nos três jogos seguidos sem derrota e o novo “encaixe” da equipe titular. O meia Bernard reconhece que o Atlético terá mais obrigações no duelo, mas pede atenção com o “desinteressado” Cruzeiro.

“Clássico é sempre complicado, mas em casa temos de vencer, mas não adianta falar, achar que por causa do nosso ano vamos ganhar, temos de vencer em campo, com bom futebol”, afirmou o jogador, expulso no empate por 2 a 2, no primeiro turno.

Já o lado celeste não esconde que o fato de o Atlético-MG estar entre os primeiros colocados coloca-o como franco favorito na partida de domingo, no Independência. Martinuccio considera que a “imagem” de um ano ruim pode melhorar.

“Acho que, se o Cruzeiro ganhar, o torcedor esquece o ano ruim. O Atlético vai querer ganhar porque não foi bem nas últimas. N última partida do ano passado, foi 6 a 1. Na outra partida, foi 2 a 2. O Atlético quer ganhar para ficar na segunda posição. Vamos querer uma vitória para terminar o ano bem”, afirmou o argentino.