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Bernardo torturado, doping e ratos em estádio; veja 'abril negro' do Vasco

O episódio envolvendo a tortura de Bernardo foi mais um no abril difícil para o Vasco - Marcelo Sadio/ site oficial do Vasco
O episódio envolvendo a tortura de Bernardo foi mais um no abril difícil para o Vasco Imagem: Marcelo Sadio/ site oficial do Vasco

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/04/2013 06h10

O mês de abril ainda não terminou, mas dificilmente será esquecido pelos torcedores do Vasco. Ao contrário das tradicionais conquistas do clube de São Januário, as páginas foram ocupadas por episódios delicados e que complicam ainda mais o Cruzmaltino em meio aos esforços desesperados para resolver mesmo que parcialmente a crise financeira.

A tortura aplicada por traficantes do Complexo da Maré ao meia Bernardo foi até o momento o último acontecimento de um “abril negro” para o Vasco. O período também marcou o doping de Carlos Alberto, a venda de Dedé para o Cruzeiro e até uma invasão de ratos ao estádio de São Januário. Veja os fatos selecionados pelo UOL Esporte abaixo:

BERNARDO É TORTURADO POR TRAFICANTES DO COMPLEXO DA MARÉ

  • Frequentador de favelas, o meia Bernardo correu risco de vida na madrugada da última segunda-feira. Segundo a Polícia, ele se envolveu com Dayana Rodrigues, mulher de um dos líderes do tráfico na Maré, Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P. O meia teria sido amarrado, torturado e atingido por socos e pontapés. A jovem levou cinco tiros nas pernas. Por sua vez, o atleta assegurou ter sofrido “apenas” tortura psicológica.

CARLOS ALBERTO É FLAGRADO NO EXAME ANTIDOPING APÓS CLÁSSICO

  • Marcelo Sadio/ site oficial do Vasco

    Carlos Alberto cumpre suspensão preventiva de 30 dias por ter sido flagrado no exame antidoping após o clássico contra o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara. O resultado foi divulgado no dia 16 de abril e apontou as presenças das substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno. O atleta pode pegar dois anos de suspensão, pois os elementos são “mascarantes” e escondem um possível doping.

VENDA EMERGENCIAL DO ÍDOLO DEDÉ PARA O CRUZEIRO

  • Washington Alves/Vipcomm

    O Vasco precisou vender o seu maior ídolo recente para quitar dois meses de salários atrasados e demais dívidas. A atitude causou revolta de parte da torcida e iniciou manifestações contra a diretoria nas redes sociais. O Cruzmaltino recebeu R$ 13 milhões do Cruzeiro. O clube carioca ainda tem pouco mais de R$ 1,3 milhão parcelados para entrar na conta e luta para não ver o montante penhorado pela Fazenda Nacional.

PIOR CAMPANHA NA TAÇA RIO E ELIMINAÇÃO ANTECIPADA NO CARIOCA

  • Bia Figueiredo/vasco.com.br

    O desempenho do time em campo não fugiu aos acontecimentos fora das quatro linhas. O Vasco contratou o técnico Paulo Autuori, mas não evitou a pior campanha do clube na história da Taça Rio e a eliminação no Campeonato Carioca. Foram apenas sete pontos conquistados em sete partidas. Com isso, o elenco enfrenta 35 dias de “férias forçadas” e volta a disputar uma partida oficial apenas na estreia do Campeonato Brasileiro.

INVASÃO DE RATOS AO ESTÁDIO DE SÃO JANUÁRIO

  • Carlos Moraes/Ag. O Dia

    Já na virada de março para abril, o Vasco se deparou com uma invasão de ratos ao estádio de São Januário. O episódio repercutiu na imprensa internacional. A administração contratou uma empresa de desratização para exterminar os roedores. No entanto, alguns foram vistos circulando pelas sociais do estádio durante os treinamentos. A diretoria admitiu o temor por um caso grave e intensificou o combate em outros setores da sede.

VASCO SABIA DA ROTINA DE BERNARDO EM FAVELA E POLÊMICAS: 'IA ESTOURAR'

  • O espanto gerado nos torcedores pelas revelações da Polícia dando conta de tortura e agressão envolvendo o meia Bernardo não tiveram a mesma reação no Vasco. Mesmo surpresos com a história ocorrida na madrugada da última segunda-feira, membros do clube já conheciam a rotina do jogador na comunidade do Complexo da Maré, suas recentes incursões ao local e a chance de se envolver em uma polêmica por conta do relacionamento que mantinha com traficantes e moradores. "É triste, não queríamos isso, mas sabíamos do risco. Demorou, mas ia estourar alguma coisa. Ele vinha frequentando os locais há algum tempo e estava com cara de problema".

JOGADOR DO VASCO É TORTURADO POR TRAFICANTES NO RIO DE JANEIRO