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Bolívia tem estresse com estrutura e corte antes de estreia com Brasil

Técnico Eduardo Villegas se irritou com estrutura e também precisou cortar Rodrigo Ramallo - Sebastien Salom-Gomis/AFP
Técnico Eduardo Villegas se irritou com estrutura e também precisou cortar Rodrigo Ramallo
Imagem: Sebastien Salom-Gomis/AFP

Diego Salgado e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

13/06/2019 04h00

A seleção boliviana, rival do Brasil na abertura da Copa América, marcada para amanhã (14), a partir das 21h30 (de Brasília), enfrentou uma semana irritadiça, às vésperas de encarar a equipe de Tite. Nos últimos trabalhos antes da estreia, a delegação passou por um problema com a estrutura encontrada e ainda sofreu com o corte de Rodrigo Ramallo, experiente atacante boliviano de 28 anos.

Na última terça-feira (11), a delegação passou por um mal-estar com a organização da competição. O Centro de Concentração e Treinamento (CCT) do São Paulo, campo credenciado para atividades, não estava com o principal vestiário disponível para o elenco, já que o clube tricolor também trabalhou no mesmo período.

O vestiário restante não comportava toda a estrutura levada pela seleção para o trabalho no centro de treinamento são-paulino. Assim, a equipe de logística boliviana e a organização da Copa América improvisaram um "puxadinho" para os atletas. No fim, os bolivianos sequer tomaram banho depois da atividade.

Ontem, porém, a situação mudou. O São Paulo antecipou a viagem para Belo Horizonte, onde enfrenta o Atlético-MG hoje (13), a partir das 20h, e abriu espaço para a Bolívia ter toda a estrutura do moderno CT à disposição. O vestiário principal foi liberado e amenizou a irritação do dia anterior - o técnico Eduardo Villegas era um dos mais indignados, conforme relatos de pessoas da delegação ao UOL Esporte.

O comandante boliviano reclamou com a organização e criou um estresse antes dos 15 minutos de treinamento liberado para a imprensa. Os jogadores, por outro lado, encararam a falta de estrutura com maior naturalidade e evitaram críticas no primeiro dia de presença no CT do São Paulo.

"A verdade é que estamos focados no que será a partida de sexta, uma estreia para muitos em Copa América. Agora é mentalizar no rival, é um jogo duro, mas lindo de se jogar. É isso", discursou o goleiro Carlos Lampe, uma das referências da equipe boliviana no Brasil.

Se tem Lampe, que carrega uma grande atuação contra o Brasil no currículo, no setor de defesa, a Bolívia sofre com a ausência de uma peça ofensiva horas antes da estreia contra o Brasil. Rodrigo Ramallo acabou diagnosticado na madrugada de ontem (12) com uma lesão no tornozelo esquerdo e desfalca a equipe na Copa América.

Rodrigo Ramallo Copa América - Divulgação/Federação Boliviana de Futebol - Divulgação/Federação Boliviana de Futebol
Rodrigo Ramallo segue com a delegação, mas sem condições de defender a Bolívia na Copa América
Imagem: Divulgação/Federação Boliviana de Futebol

Sem Ramallo, a equipe perde um nome com experiência em Eliminatórias e Copa América - o jogador do San José esteve no elenco na edição de 2016 - logo no primeiro grande desafio da chave, que ainda tem Peru e Venezuela.

Como substituto, Eduardo Villegas optou pelo jovem Ramiro Vaca, de apenas 19 anos, e ainda pouco experimentado no futebol de seleções. Mais um problema para um time que entra nesta sexta-feira como azarão diante de um dos favoritos ao título.