O que se sabe sobre o caso de agressão após o Gre-Nal de sábado
Com o clássico Gre-Nal 421 encerrado, sábado, uma cena tomou o noticiário. Não era gol, drible ou jogada, mas a agressão de uma torcedora do Inter a uma torcedora do Grêmio que estava acompanhada por uma criança. A cena viralizou, foram abertos procedimentos legais para apurar o incidente e os dois clubes se posicionaram.
A reportagem do UOL Esporte irá detalhar abaixo o que se sabe sobre o assunto e quais atitudes já foram tomadas neste caso.
Como ocorreu a agressão
Após o fim do Gre-Nal, o estádio estava ficando vazio quando uma torcedora gremista, que havia assistido a partida entre os colorados por não ter conseguido ingresso de torcida mista, tirou da bolsa uma camisa do Grêmio. Ela virou-se para a torcida gremista, presente no anel superior do Beira-Rio, e, acompanhada do filho que também tinha uma camisa em mãos, começou a girar a peça de roupa e cantar, como se vibrasse com um gol. Os aficionados retribuíram o carinho.
Foi quando um grupo de torcedores do Internacional se aproximou dela. E uma mulher passou a tentar tomar a camisa tricolor das mãos da gremista. A torcedora visitante foi xingada e empurrada ao menos três vezes. O filho, criança, assustado, começou a chorar.
Em seguida se aproximou um segurança do Inter que conduziu todos para fora do estádio. A camisa foi devolvida e a mulher não sofreu novas agressões.
O que fez o Inter
No domingo, o presidente do Internacional se manifestou com uma nota oficial. Lamentou o fato e prometeu atitudes para coibir a violência. Na segunda-feira a agressora, já identificada, foi suspensa por tempo indeterminado do quadro social do clube. Mais dois torcedores tiveram procedimento interno aberto para verificar a participação no caso. O Inter cedeu identificações e imagens ao Ministério Público e à Polícia Civil.
O que o Grêmio fez
Ainda no sábado, o Departamento de Torcidas do Grêmio (DTG) conseguiu a identificação e o contato da vítima de agressão. No domingo foi feito contato com ela, que preferiu manter o anonimato. O clube está organizando uma ação dela com jogadores, possivelmente durante treinamento ou jogo. Além de prestar todo apoio possível no momento.
O que fizeram os jogadores
Nico López e Edenílson no Inter, Everton e mais uma série de jogadores do Grêmio, todos se manifestaram de forma solidária à vítima de agressão. Nico pediu para mandar uma camisa com pedido de desculpas em nome do clube. Everton também quer conhecer a mãe e o filho.
Polícia, MP e STJD
A Polícia Civil intimou 10 pessoas e iniciou o processo de depoimentos sobre o caso. Quatro já foram ouvidas: a agressora, a vítima, um conselheiro do Inter que aparece nas imagens e um segurança do clube. Segundo informou o delegado responsável pelo caso, a investigação já indica enquadramento no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor que prevê até dois anos de detenção e/ou multa.
O Ministério Público abriu expediente e tem prazo de 90 dias para conclusão sobre o caso.
O STJD analisou as imagens e irá proceder denúncia contra o Internacional. Segundo apurou o UOL Esporte, porém, a denúncia será branda e levará em conta a participação dos seguranças do clube e o fato ter sido isolado, e não um tumulto generalizado.
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