Jones se recusa a lutar com Sonnen e encara Machida no dia 22 de setembro após lesão de Henderson

Em um ano repleto de lesões e alterações em cards, o UFC sofreu mais um baque nesta quinta-feira. A apenas nove dias da edição 151, a luta principal do evento em Las Vegas, o combate principal, valendo o cinturão dos meio-pesados, é que foi afetado. Os rumores se confirmaram, e uma lesão tirou o veterano Dan Henderson do card. Assim, o campeão Jon Jones enfrentará Lyoto Machida, em card adiado do dia 1º para o dia 22 de setembro.

Todas as lutas marcadas foram adiadas. Um card completo ser transferido de data é um fato que nunca havia ocorrido nos 11 anos em que a atual direção comanda o UFC.

O presidente do UFC, Dana White, tentou fazer com que a disputa do cinturão do dia 1º fosse mantida ao oferecer a Jon Jones Chael Sonnen como adversário. Mas o campeão se recusou a lutar contra o ex-lutador dos médios.

“Eu não posso dizer que ele [Jones] vai lutar contra alguém. Temos que ouvir o lutador. Não posso chegar e impor alguma coisa. Isso não vale só para Jon Jones, mas para todos os lutadores dos cards. É uma luta que movimentaria muito, mas eu não posso obrigar ninguém a lutar”, falou o presidente do UFC, Dana White.

“As pessoas querem essa luta, mas o que eu posso fazer? Eu falei com Chael e ele disse que luta esta noite. Mas não posso fazer nada. Eu respeito todos os lutadores. Assim é o esporte”, continuou.

Jones e Sonnen andam se estranhando há algum tempo. "Esse cara é uma piada, e eu não vou deixar que ele consiga uma chance de lutar pelo cinturão apenas pelo que fala”, disse Jones ainda esta semana.

O campeão dos meio-pesados se irritou com o comportamento do compatriota nas exageradas provocações ao brasileiro Anderson Silva antes da revanche pelo cinturão dos médios.

Nos últimos dias, cresceram os rumores de que Dan Henderson estava lesionado, e Dana White confirmou o problema no joelho do norte-americano, em um anúncio feito às pressas pelo Ultimate. O lutador de 41 anos se pronunciou em comunicado.

“Infelizmente eu rompi parcialmente um ligamento do joelho treinando. Com isso, tive de tomar uma das decisões mais duras da minha carreira. Pela primeira vez em minha carreira eu tive de desistir de uma luta. Por sorte, não precisarei operar e volto a treinar o mais rápido possível. Vou continuar perseguindo o cinturão do UFC com todo o meu coração”, afirmou Henderson.

Jon Jones é a grande sensação do UFC desde 2011, quando conquistou o cinturão dos meio-pesados ao nocautear o brasileiro Maurício Shogun. Desde então, ele defendeu três vezes o cinturão, vencendo Quinton Rampage, Lyoto Machida e Rashad Evans.

Lyoto e Jon Jones se enfrentaram em dezembro do ano passado na disputa do cinturão dos meio-pesados. O brasileiro fez um bom primeiro round, mas no segundo não resistiu a uma cotovelada que abriu um corte em sua testa. Depois disso, não foi o mesmo na luta e acabou finalizado com uma guilhotina invertida. Acabou apagado no chão.

Ainda na coletiva após aquela luta, Lyoto pediu uma revanche e disse que merecia uma nova chance pela luta do cinturão. No começo do mês, Lyoto Machida se tornou o próximo na fila pelo cinturão ao vencer Ryan Bader, e foi colocado no aguardo de Jones ou Henderson para definir seu rival. Agora, a luta que antes seria em dezembro, foi antecipada.