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Allianz faz 4 anos em busca da 3ª taça e dá mais de R$ 260 mi ao Palmeiras

Allianz Parque, estádio do Palmeiras, já foi palco de dois títulos do clube - Eduardo Knapp/Folhapress
Allianz Parque, estádio do Palmeiras, já foi palco de dois títulos do clube Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/11/2018 12h00

O Allianz Parque completou, no último dia 19, seu quarto ano de existência. Inaugurado em 2014, em meio à crise de um time que lutava contra o rebaixamento, o estádio hoje só traz boas memórias ao Palmeiras e já rendeu mais de R$ 260 milhões em receitas considerando apenas os jogos de futebol.

Só em 2018, o time paulista já arrecadou quase R$ 74 milhões, marca que lhe coloca como o time que mais ganha com bilheteria no país inteiro. Para se ter uma ideia, esse total é praticamente uma soma do que conseguiram Flamengo e Grêmio em todo o ano vendendo ingressos. A quantia também representa praticamente um novo patrocinador: a Crefisa paga quase R$ 80 milhões por ano para estampar a marca na camisa verde.

Mais do que o sucesso financeiro, a arena construída pela WTorre também tem sido palco de conquistas. Depois do drama no primeiro ano, o Alviverde foi campeão da Copa do Brasil em 2015 atuando contra o Santos, venceu o Nacional de 2016 batendo a Chapecoense e agora pode levantar a 10º taça do Brasileirão nesta quarta-feira, contra o América-MG.

O que hoje é sucesso correu o risco de nem sair. Em batalha política liderada por Mustafá Contursi e seus correligionários, o Allianz Parque foi alvo de diversas ações de sabotagens feitas por conselheiros do próprio clube, que eram contra a reforma do estádio.

Mesmo depois de inaugurado, a relação entre clube e construtora demorou a engrenar. Batalhas judiciais, inclusive, duram até hoje.

Apesar de tudo isso, o modelo se consolidou como uma das melhores formas de ter um novo estádio desde os tempos de boom de reformas no país por conta da Copa do Mundo de 2014. Basta olhar para o Corinthians e ver a dificuldade financeira vivida para o arquirrival arcar com todos os gastos da Arena.

Como o Palmeiras não gastou com a reforma e não gasta com a manutenção (o clube precisa pagar apenas os custos do dia de jogo), há uma contrapartida que irrita um pouco os torcedores. O time fica impossibilitado de atuar em algumas ocasiões dentro de casa por conta de shows vendidos pela WTorre. Esta é a principal forma que a construtora tem para conseguir retorno do seu investimento.