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Gallardo diz que agiu por impulso e pede desculpas por descumprir regras

O Grêmio acusou o River de ter sido conivente com a ação do treinador Marcelo Gallardo - Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP
O Grêmio acusou o River de ter sido conivente com a ação do treinador Marcelo Gallardo Imagem: Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP

Do UOL, em Porto Alegre

02/11/2018 12h28

O técnico Marcelo Gallardo se manifestou nesta sexta-feira (02) sobre os atos cometidos na Arena do Grêmio durante a partida contra o Grêmio na última terça, em duelo de volta da semifinal da Libertadores. Segundo o técnico do River Plate, agiu por impulso e não tentou desafiar a Conmebol.

"Claramente, 48 horas ou três dias depois da partida, se tem tempo para com mais tranquilidade analisar o que foi o jogo. O que foi em geral os acontecimentos no Brasil depois de conseguir classificação histórica pela maneira que foi. Não estou totalmente alegre, sobretudo para mim. De qualquer forma, queria esclarecer que o que eu disse depois do jogo, sobre ter ido no vestiário, transgredido uma norma regulamentária, acredito que teve mais a ver com o emocional do que desafiar alguém. Eu não queria desafiar a Conmebol. Eu sempre estive convencido que era desagradável para os treinadores ter um ato de indisciplina. Mas me parecia injusto, e numa situação de tanta importância as emoções também jogam. E jogaram contra haver atuado impulsivamente. Quando se age por impulso, foi um ato de indisciplina da minha parte, não cumpri as normas, tenho que pedir desculpas à Conmebol, mas não foi uma postura de desafio, só como eu disse agora. Não é fácil o trabalho que se faz durante todo ano, o trabalho do time, dos jogadores, todos estão aqui porque se vai jogar uma partida especial e somos privilegiados de poder viver isso", disse o treinador.

Gallardo se manifestou na sala de imprensa do River Plate. Posteriormente irá, através de videoconferência, argumentar no julgamento que se realiza em Luque, no Paraguai. O Grêmio, na Comissão Disciplinar da Conmebol, pede a reversão do placar do jogo.

"Eu tenho tranquilidade. Me parece que não tem argumento algum para validar esta situação, que claramente conseguimos no campo. Mas isso é uma opinião pessoal, nada mais que isso", completou.

A decisão no tribunal ocorrerá ainda nesta sexta-feira, mas o prazo estipulado é o início da noite. Gallardo, que estava suspenso, cometeu uma série de irregularidade. Se comunicou com seu auxiliar técnico através de rádio, desceu aos vestiários no intervalo e ainda concedeu entrevista coletiva na zona mista da Arena. Nada disso era autorizado.

Após a intervenção dele no vestiário, o River, que perdia por 1 a 0, virou o placar para 2 a 1 e conquistou a vaga na final para enfrentar o Boca Juniors. A primeira partida da decisão está marcada para 10 de novembro. No entanto, a definição sobre quem enfrenta o Boca virá apenas nesta sexta. 

Enquanto o Grêmio cita precedentes de Chapecoense e Santos em defesa de sua tese, o River lembra caso semelhante em que Alexandre Gallo, então técnico do Brasil Sub-20, fez o mesmo que Gallardo no Sul-Americano da categoria. O clube argentino crê em pena dura ao técnico, mas não ao clube. O Tricolor está otimista em placar alterado para 3 a 0 e vaga na final.