Após 24 anos, Alemanha repete jogo quente e sob pressão contra a Coreia
Alemanha, atual campeã, repete metade dos jogadores do título na edição anterior e começa a Copa do Mundo mal. O time é pesado, não encanta como antes e chega à última rodada precisando vencer a Coreia do Sul para se classificar às oitavas de final. O duelo com os asiáticos promete temperatura elevada pelo verão no hemisfério norte e a imprensa alemã já está com o dedo em riste para apontar os erros no planejamento da seleção em caso de fracasso.
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Esse é o cenário vivido por Joachim Löw no Mundial de 2018, na Rússia, depois de perder para o México e vencer a Suécia no sufoco. Derrotar de os sul-coreanos às 11h desta quarta-feira é a única forma de não depender de ninguém para se classificar. E foi parecido com o cenário em 1994, após bater a Bolívia e empatar com a Espanha. Os asiáticos e sua velocidade no contra-ataque eram os obstáculos, mas a equipe capitaneada por Lothar Matthaus conseguiu sobreviver - ainda que não por muito tempo - na Copa dos Estados Unidos.
A vitória por 3 a 2 na cidade de Dallas, no Texas, aconteceu há exatos 24 anos. Foi em um 27 de junho que os alemães precisaram encarar a maior temperatura registrada em jogos dos Mundiais e a desconfiança pelas más atuações para bater a Coreia do Sul. Eram 46°C no estádio Cotton Bowl. Um calor suficiente para transformar uma vantagem de 3 a 0 no primeiro tempo em um pesadelo escaldante no segundo, quando os asiáticos ficaram muito perto de empatar.
Nesta quarta, os termômetros não gritarão tanto como em terras americanas, mas a previsão máxima para a tarde em Kazan, na Rússia, é de 31°C. Em 1994, o técnico Berti Vogts repetiu 11 dos campeões mundiais de quatro anos antes. A renovação foi considera insuficiente, como pela presença de Matthaus e uma defesa com dois jogadores acima dos 30 anos: Buchwald e Brehme.
Agora, Löw manteve dez atletas do elenco que conquistou a Copa no Brasil em 2014, recebeu críticas por não levar o jovem Leroy Sané para o ataque e também por deixar uma defesa que se tornou pesada tão exposta. Só que nem a atual Alemanha é envelhecida como a de 1994, nem o futebol é o mesmo. A carreira dos jogadores é muito mais duradoura, incluindo seus auges, do que há mais de duas décadas.
Os zagueiros Boateng e Hummels, por exemplo, podem estar mais lentos do que eram há quatro temporadas, mas nem sequer chegaram aos 30 anos. O mesmo cabe para Toni Kroos ou Thomas Müller, que custaram a "pegar no tranco" contra México e Suécia, mas têm ainda 28 anos. Os mais veteranos dos campeões mundiais são o goleiro Neuer, de 32 anos, e o volante Khedira, que tem 31.
Há 24 anos, a Alemanha superou esses problemas todos em um 27 de junho, como se espera dos comandados de Löw nesta quarta. Mas a campanha só duraria mais dois jogos. Nas oitavas de final, uma nova vitória apertada: 3 a 2 sobre a Bélgica. Até que, nas quartas, a conta chegou com um revés por 2 a 1 para a surpreendente Bulgária. Em 2018, o Brasil pode entrar de forma precoce no mata-mata alemão.
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