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Adriano confirma sua versão e afirma: "Não é justo o que ela está fazendo comigo"

Adriano concede entrevista coletiva antes de prestar depoimento no 16ª DP, no Rio - Luiz Maurício Monteiro/UOL
Adriano concede entrevista coletiva antes de prestar depoimento no 16ª DP, no Rio Imagem: Luiz Maurício Monteiro/UOL

Luiz Maurício Monteiro*

No Rio de Janeiro

26/12/2011 18h55

O jogador Adriano foi, nesta segunda-feira, à 16ª DP do Rio de Janeiro, onde conversou com as autoridades policiais que investigam o disparo acidental de uma pistola ocorrido no interior do carro do atleta na madrugada do dia 24. A estudante Adriene Pinto, que estava no carro com Adriano e mais quatro pessoas, teve o dedo indicador esquerdo atingido pelo projétil e está internada no Hospital Barra D´Or, onde passará por cirurgia na terça-feira.

Antes do encontro com os policiais, Adriano conversou com os jornalistas. Ele reafirmou a sua versão sobre o ocorrido, de que a própria Adriene teria disparado acidentalmente a arma, que pertence ao segurança do jogador, também presente no automóvel durante o episódio. Já a vítima do disparo afirma que teria sido o corintiano quem atirou.

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O atleta disse que estava disposto a pagar as despesas hospitalares de Adriene, mas que mudou de ideia, pois a jovem de 20 anos estaria tentando prejudica-lo: “Eu ia pagar (despesas do hospital), mas como ela está fazendo essas acusações, não vejo necessidade. Não é justo o que ela está fazendo comigo. Então, não tem por que ajudar. Apesar de tudo, espero que ela se recupere bem”, afirmou Adriano, que foi convencido pelo delegado responsável pelo caso a conceder uma entrevista coletiva.

O jogador também relatou como os fatos aconteceram, de acordo com a sua versão. “A arma estava no veículo. Ela, de curiosa, pegou e disparou. A arma estava entre o banco do motorista e o console. Eu ouvi o disparo e abaixei. Todos se assustaram. Com certeza ela pegou a arma, porque não dispararia sozinha. A princípio, eu nem tinha visto o dedo dela machucado. Só depois vi. Foi aí que eu tirei a camisa e dei para ela enrolar na mão”.

Adriano disse que conheceu Adriene na noite em que o incidente aconteceu, na casa noturna onde estava. “Eu não a conhecia. Eu estava saindo da boate, e um amigo pediu para eu levá-la porque o carro dele já estava cheio. Não caberia mais de seis pessoas. Ele a conheceu na boate e chamou para o nosso camarote. Mas eu nunca tinha visto ela”, afirmou.

Sobre o reflexo que o caso poderá ter em sua carreira, o jogador disse estar tranquilo. “Conversei com presidente (do Corinthians, Roberto de Andrade). Não existe nada em relação a quebra de contrato. Quando as coisas acontecem comigo ganham uma proporção maior. Eu estava evitando sair, mas as vezes é difícil, estava de férias”, admitiu.

Também nesta segunda, o delegado Fernando Reis, que investiga o caso, disse que ainda não é possivel afirmar quem foi o autor do disparo. "Estamos muito no início da investigação. Ontem e hoje (dias 25 e 26/12) tentamos levantar o maior números de dados possível, mas ainda é cedo para chegar à alguma conclusão".

No domingo, o delegado disse que pretende colocar frente a frente Adriene e o jogador, para que os dois contem suas versões sobre o ocorrido". A acareação só poderá ocorrer, no entanto, após a cirurgia de Adriene, agendada para terça-feira.

Após o depoimento do jogador, Reis afirmou que seu discurso foi coerente, e que o jogador adicionou informações ao seu primeiro depoimento, que serão utilizadas na acareação.

Além do embate de versões, o caso poderá ser desvendado por um exame pericial feito nos envolvidos, para detectar a presença de pólvora nas mãos. O resultado sai em oito dias.

Segundo informaram ao UOL Esporte funcionários do Barra D´Or, a vítima chegara ao hospital dizendo que não sabia quem havia disparado a arma. Posteriormente, porém, a estudante teria alterado sua versão, afirmando a policiais que Adriano atirara acidentalmente com a pistola.

* Atualizada às 21h09

177 Comentários

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OctavioS

Natureza humana. O rapaz tem um histórico, todo mundo sabe, seja por irresponsabilidades, desajustes emocionais, etc. Todo mundo sabe. O que não muda porém, é a gana da maioria das pessoas em prejulgar, não dá trégua, condena sem conhecer os fatos, não espera o desenvolvimento do inquérito, das acareações, etc. O Adriano, para estes, já está condenado, é um marginal. É uma pena, quanto mais tento, menos acredito nos "valores" da nossa sociedade. A gente "resolve" os casos alheios e julga com muita facilidade. As pessoas daquela creche lá de São Paulo, lembra?, caiu na desgraça pelo mesmo motivo. E daí? Os acusadores, todos, sumiram e hoje, se perguntarem a qualquer deles porque acusou sem provas, sem fundamento, eles até te processam. É a natureza humana (a mídia, claro, está inclusa).

GCeleste

ta bom então Adriano, mas soh me explica como q ela pegou essa arma!! ou como q vc deixa uma arma a acesso de uma pessoa q vc nem conhece dentro de seu próprio carro.. Seu segurança não eh inocente, claro q a arma estava com ele, e ele soh passaria ela pra uma unica pessoa q lhe pedisse: você.


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