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Ex-alvo, Bernard revela conversa com Felipão após título: "Merece respeito"

Dan Istitene/Getty Images
Imagem: Dan Istitene/Getty Images

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Liverpool (ING)

12/12/2018 10h02

Copa de 2014, Luiz Felipe Scolari, Alemanha, 7 a 1, Bernard. A associação entre o técnico e o jogador parece automática sobre o Mundial no Brasil, quando Felipão escolheu o meia-atacante para substituir Neymar, que estava lesionado, na fatídica partida no Mineirão. Com ligação quase indissociável com Scolari, Bernard se prontificou a parabenizar o treinador assim que o título brasileiro do Palmeiras foi confirmado.

"Mandei uma mensagem de parabéns, porque você pode perguntar para qualquer jogador que trabalhou com ele e todos vão falar bem. É uma pessoa sensacional, de grupo", disse ao UOL Esporte. "Sabemos como é complicado um técnico agradar um grupo inteiro quando só 11 jogam, mas ele realmente se dá bem com todo mundo. Isso foi provado mais uma vez no Palmeiras pelo elenco que tem, com jogadores que atuariam em diversos clubes e com quem ele criou um bom ambiente. Ele merece tudo isso, porque é um cara sensacional não só como profissional, mas pelo lado pessoal também", ressaltou.

Bernard poderia ter feito parte do elenco da conquista do decacampeonato brasileiro se não tivesse optado por se transferir ao Everton-ING no meio do ano, quando deixou o Shakhtar Donetsk-UCR depois de cinco anos. Alexandre Mattos, diretor de futebol do alviverde, tentou levar o jogador de 26 anos, mas a oportunidade de disputar a Premier League pesou a favor da transferência para a Inglaterra.

Revelado pelo Atlético-MG, Bernard nunca esqueceu que torce para o Galo. Como os mineiros brigaram por uma vaga na Copa Libertadores e não eram rivais diretos do Palmeiras pela taça, o afeto por Scolari fez com que o atleta decidisse apoiar também a equipe alviverde.

"Sou atleticano, lógico que torci para o Galo, mas também torci e fiquei feliz pelo Palmeiras justamente pelo Felipão e por tudo o que viveu. Ele ficou um tempo fora (do país, na China) para dar uma esfriada no que aconteceu, voltou ao Brasil e demonstrou o que ele é. Pegou o Palmeiras quase no meio da tabela, acumulou mais de 20 partidas de invencibilidade e levou o time ao título. Isso merece o respeito".

Em boa fase no Everton, ele forma o setor ofensivo ao lado de Richarlison, atacante da seleção brasileira. Na sétima posição do Campeonato Inglês, os Toffees terão um grande desafio pela frente: enfrentarão o atual campeão e vice-líder Manchester City, no sábado (às 10h30 de Brasília), no Estádio Etihad.

"Mesmo sabendo que enfrentamos times com investimento muito mais alto, nosso objetivo sempre será ficar o mais alto possível na tabela. O Everton é respeitado, e a prova disso é que todo mundo joga muito fechado quando estamos em casa", avaliou.