Renovação trava, e Romero fica em fogo cruzado entre Corinthians e agentes
A renovação de contrato de Ángel Romero virou novela nos bastidores do Corinthians. Também pode ser considerada a sequência de um filme, pois o clube vê na situação algo muito semelhante ao que ocorreu com Balbuena há cerca de um ano. Neste cenário, a diretoria se vê mais uma vez de mãos atadas frente à resistência dos empresários do jogador.
O paraguaio jura amor ao clube e diz que pretende continuar, segundo pessoas próximas, mas a vontade não tem sido suficiente até aqui. Com vínculo apenas até julho, Romero fica livre para assinar pré-contrato com qualquer equipe a partir do dia 14 de janeiro. Em seu último pronunciamento sobre o assunto, ele declarou ter dito aos dirigentes "que falassem sobre isso depois" e deu a entender que quer cumprir o contrato antes de pensar no futuro.
O Corinthians tenta a renovação há vários meses e encara a demora como uma derrota na queda de braço com os empresários. O paraguaio é agenciado pela OTB Sports, que é conhecida nos bastidores por fazer jogo duro com os clubes. A empresa foi protagonista de algumas das polêmicas recentes do mercado da bola, incluindo as que envolveram Paolo Guerrero, Gustavo Scarpa e Zeca, por exemplo.
A diretoria corintiana vê a negociação com desconforto. De um lado, a renovação evitaria a perda do jogador e também o pagamento de 3 milhões de dólares (R$ 11,1 milhões na cotação atual) a Beto Rappa, agente que investiu tal valor para tirar Romero do Cerro Porteño (PAR) em 2014 - à época, a operação era permitida. De outro lado, os empresários do atacante querem uma renovação com multa rescisória baixa, o que significaria pouco ganho para o Corinthians.
A exigência é idêntica à do caso de Balbuena: o zagueiro só estendeu seu vínculo quando o contrato anterior estava prestes a expirar, o que lhe deu o benefício de barganhar mais e, desta forma, conseguir uma multa rescisória baixa. Três meses depois o West Ham (ING) pagou 4 milhões de euros para levá-lo.
A irritação corintiana com o caso de Romero é tamanha que até a não renovação é vista como possibilidade, ainda que o clube perdesse dinheiro pelo caminho. Diante da resistência dos próprios empresários na negociação, o jogador corre riscos de sair pela porta dos fundos mesmo após ter vencido quatro títulos pelo clube.
Romero não esteve na reapresentação do elenco, na última quinta-feira (4), e também não apareceu na manhã do dia seguinte. O Corinthians não viu problema nas ausências pois já havia atendido a um pedido do jogador e alega ter dado permissão para que ele voltasse das férias um dia mais tarde.
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