Inter identifica agressor de jornalista e processo pode acabar em exclusão
O Internacional utilizou o sistema de câmeras do Beira-Rio e encontrou o agressor da jornalista Laura Gross, que foi vítima de assédio nos momentos que antecederam a partida contra o River Plate, ontem. O clube abrirá um processo interno que pode culminar com a exclusão dele do quadro social.
"O agressor da jornalista Laura Gross foi identificado pelo clube. A denuncia será encaminhada à ouvidora para abertura de processo disciplinar, podendo resultar na exclusão do quadro social. Mais uma vez o Internacional manifesta seu repudio a toda forma de agressão", postou o presidente do clube, Marcelo Medeiros, em seu perfil no Twitter.
Com a identificação do autor, a ouvidoria irá abrir o procedimento disciplinar e será avaliada a exclusão ou suspensão do quadro social.
A repórter Laura Gross relatou que foi assediada por um torcedor quando realizava seu trabalho nos momentos que antecederam o jogo entre Internacional e River Plate, no Beira-Rio, na noite de ontem, pela terceira rodada do grupo A da Libertadores.
"Depois que entrevistei um último torcedor que disse ser de São Miguel do Oeste (em Santa Catarina), pararam dois torcedores do meu lado e disseram que também eram dessa mesma cidade e que queriam ser entrevistados. Eu vi que eles estavam um pouco alterados alcoolicamente e até comentei: "olha, eu já terminei aqui embaixo, eu preciso subir, não vou entrevistar mais torcedores aqui", relatou ao UOL Esporte.
Apesar da fala de Laura, os torcedores teriam permanecido no local e passaram a fazer comentários em relação à aparência dela. "Eles falaram 'ah, mas tu és tão linda, a gente não pode perder essa oportunidade'. E um deles, que não vou me lembrar exatamente como ele era, veio e tentou me dar um beijo e eu virei a cara. Acabou encostando na bochecha e eu limpei. Ele me viu limpando. Depois, ele veio de novo e fez de novo a mesma coisa. Eu disse 'não quero beijo, já deu, já chega'. Fui meio grossa. Saí limpando de novo e ele: 'mas tu és tão linda, volta aqui'".
Após se livrar dos dois torcedores, Laura se dirigiu à cabine de transmissão da Rádio Guaíba e foi auxiliada pelos companheiros de equipe. "Conversei com meus colegas que estavam na cabine e eles me deixaram à vontade para ver se eu conseguia tocar a jornada", explicou.
"Foi ruim, né. Fiquei meio desnorteada. Apesar de já ter acontecido - e aconteceu ontem mesmo vários 'ai, como tu és linda' -, mas um caso como esse, de um torcedor tentar me agarrar, não tinha acontecido ainda. É uma situação que eu não desejo para ninguém, não quero que ninguém passe. E foi difícil voltar para a jornada, bem difícil. Mas eu tentei seguir o meu trabalho. As outras pessoas não têm culpa do que alguns torcedores fazem", completou.
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