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Deyverson cita mérito de Felipão em sua melhora: 'Era o que precisava'

09/12/2018 08h36

As duas vitórias do Palmeiras sobre o Vasco no Brasileiro tiveram gols de Deyverson e sentimentos diferentes para o atacante. No primeiro turno, ele foi às lágrimas e pediu desculpas à torcida pela má fase. Já no fim do campeonato acabou como peça-chave para o título nacional. Segundo o camisa 16, Luiz Felipe Scolari teve influência direta nessa ressurreição.

"Ele (Felipão) motiva a cada um. Dá confiança, não abre mão de você. Ele vai te abraçar, mas se precisar te dar um pontapé para você acordar, ele vai dar. O pontapé que ele me deu foi para chutar com a direita (Deyverson é canhoto), para me posicionar em campo. Ele incentiva você a melhorar. Que não me levem a mal, não estou falando mal de outros treinadores. Jamais. Mas a forma que ele treina é o que eu precisava. Ele exige com minha perna ruim, nos movimentos que eu não fazia", contou Deyverson, em entrevista para a TV Palmeiras.

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Muito criticado pela torcida, Deyverson fez naquele jogo contra o Vasco no Allianz Parque seu primeiro gol em jogos oficiais de 2018. No primeiro semestre, ele perdeu tempo por causa de uma lesão no pé direito e não conseguia se firmar. Por tudo isso, ficou emocionado.

"Quando fiz o gol contra o Vasco, quis pedir desculpas pelo momento que estava passando. Estava sem confiança, triste e não tinha por que não pedir desculpa. Eu sabia que poderia dar mais. Pedi desculpa por não voltar da mesma forma que estava antes da minha lesão", justificou.

Por se encaixar no estilo de Felipão, vertical e de muito jogo aéreo, o atacante foi bancado pelo chefe, que passou a revezá-lo com Borja. Assim, ganhou importância e terminou o Brasileirão com nove gols. O último deles, feito também contra o Vasco, acabou sendo o gol do título brasileiro.

"A jogada foi toda do Dudu e Willian. Eu só tive de empurrar. Foi um ano de turbulências e alegrias. Tive o problema com a lesão, mas a estrutura do Palmeiras me deixou voltar o quanto antes. Foi o ano mais importante da minha carreira e importante para a minha família, também", completou.

Além dos gols, o jeito excêntrico acabou causando polêmicas com adversários, que o taxaram de provocador. No elenco, é consenso que Deyverson é uma boa pessoa, mas tem um "chip solto". Os causos acabaram gerando apelidos, e só um não o agrada.

"Não sou muito fã do Diabo Loiro. Pode ser Anjo Loiro, Menino Maluquinho, de boa. Chamando com respeito, eu entendo", completou.