Times prejudicados pela arbitragem levam a melhor no fim do Brasileirão
O Brasileirão terminou de maneira surpreendente, ninguém reclamando das arbitragens. Nem quem garantiu o rebaixamento na última rodada transferiu para os árbitros a incompetência administrativa e técnica do time. Isso é muito bom.
Tivemos boas arbitragens nas três últimas rodadas e, onde tivemos erros no apito ou na bandeira, o time prejudicado levou a melhor e os equívocos caíram no esquecimento. Porém o descumprimento mundial da regra transferiu para um personagem a culpa maior pelo rebaixamento da sua equipe. Pior, nem ele reclamou.
A torcida do América deve estar culpando o atacante Luan pela derrota para o Fluminense, 1 a 0, e o consequente rebaixamento. Quando o placar era 0 a 0, o árbitro Rafael Traci acertou em marcar pênalti de Marlon em Aderlan. Mas, como sempre, alguém ainda teve coragem de reclamar. Gum, zagueiro capitão do Flu, ficou questionando o que?
Luan, encarregado da cobrança, chutou e o goleiro Júlio César defendeu. Ninguém do América questionou, reivindicou, esperneou ou pressionou o árbitro para que a cobrança fosse repetida. O goleiro do Fluminense adiantou-se escandalosamente e ninguém do América exigiu que o árbitro cumprisse, corretamente, a regra.
Se o prejudicado não reclama, fica fácil para a arbitragem rasgar o livro de regras.
No jogo da festa palmeirense, o árbitro Héber Roberto Lopes cometeu dois erros que não interferiram no resultado final, ou seja, na vitória do Palmeiras, 3 a 2, contra o rebaixado Vitória.
Deixou de marcar pênalti em Deyverson, entendendo que o atacante palmeirense encenou demais na queda. Errou, falta deve ser marcada pela maneira que ela foi cometida e não pela consequência.
Outro erro do árbitro aconteceu quando marcou pênalti para o Vitória. A falta cometida pelo zagueiro Antonio Carlos foi fora da área. Mas dá para entender e aceitar o erro. Só com o uso de equipamento eletrônico para definir que o choque acontece fora da área. No olho humano, na velocidade real das imagens, ninguém afirma que a infração acontece fora da área.
Héber Lopes acertou quando entendeu como jogada normal a bola que tocou na mão do zagueiro Bruno Bispo, dentro da área defensiva do Vitória. Quando o árbitro tem "sorte", o time prejudicado vence o jogo, Palmeiras 3 x Vitória 2.
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